Médicos paraguaios em Foz não podem voltar ao país, denuncia associação de Ciudad del Este

Jornal La Clave diz que empresários e comerciantes pagam propina para entrar, mas Conselho de Defesa Nacional não admite passagem dos médicos.

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A Associação de Médicos de Alto Paraná denunciou nesta sexta-feira,  21, que o Conselho de Defesa Nacional do Paraguai (Codena) não permite o ingresso de vários profissionais médicos que estão retidos em Foz do Iguaçu.

A denúncia foi feita pela médica Idalia Medina aos jornalistas da rádio e do jornal La Clave, de Ciudad del Este, conforme informa a edição on line do informativo.

Entre os médicos impedidos de atravessar a fronteira está a dra. Débora Quiroto, única neuropediatra do Paraguai, segundo a associação.

“No entanto, o Codena permite o ingresso massivo de empresários e comerciantes pela Ponte da Amizade, mediante o pagamento de propinas de 200 a 500 dólares, segundo indicaram fontes que merecem credibilidade”, denuncia por sua vez La Clave.

Idalia Medina questionou se também os médicos devem pagar ao pessoal do Codena para poderem ingressar.

Ela acrescentou que “os empresários entram sem trâmites, pagando aos marinheiros, que são os representantes do Codena na região. Mas, quando alguém quer fazer certo as coisas, topa com dificuldades que até fazem pensar que são de propósito para que as pessoas logo busquem o jeito informal, isto é, pagando propinas”, disse a médica.

Ela ironizou, ainda, dizendo que vão fazer “vaquinhas” para trazer os colegas de volta ao país.

La Clave cita “fontes fidedignas” que denunciaram a existência de um esquema de corrupção, em que paraguaios e brasileiros pagam 200 dólares por pessoa para entrar e cumprir quarentena em albergues transitórios ou em “hotéis saúde”.

Segundo o jornal, o esquema estaria funcionando na cabeceira da Ponte da Amizade, com apoio de efetivos da Marinha e deixa “enormes lucros para o Codena e para a Armada Paraguaia.

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