Segunda fase da Operação Belia cumpriu mandados em cinco estabelecimentos e uma residência.
Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e do Ministério Público do Paraguai (MPP) cumpriram, de forma simultânea, nessa quinta-feira (22), seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero, na segunda fase da Operação Belia, de combate ao narcotráfico e à lavagem de dinheiro.
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A primeira etapa, deflagrada em outubro do ano passado, resultou na prisão de oito pessoas, entre elas o paraguaio Miguel Ángel Servín. Conhecido pela alcunha de “Celular”, Servín é apontado como o líder de uma organização que teria traficado mais de seis toneladas de cocaína em contêineres com destino a Israel, Bélgica e Portugal.
O objetivo dos mandados dessa quinta, conforme nota divulgada à imprensa pela Senad, era “coletar evidências em relação a um esquema de lavagem de dinheiro proveniente do narcotráfico, através de casas de câmbio estabelecidas por Miguel Ángel Servín”.
Em Assunção, foram apreendidos documentos, computadores e celulares em duas unidades da Fe Cambios. Na Panorama Cambios, além de papéis e equipamentos, foram apreendidos cerca de US$ 1,5 milhão (R$ 7,8 milhões) em notas de dólares, reais, pesos argentinos e guaranis. Quatro pessoas foram detidas e conduzidas à sede do MPP.
Na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero, houve apreensão de computadores e documentos nas filiais locais das duas empresas, além do cumprimento de um mandado em uma residência na rua Mariscal López, de onde também foram coletadas evidências.
Fontes da imprensa de Assunção, como a emissora de rádio 780 AM, vinculam o caso à atuação de organizações criminosas brasileiras no Paraguai, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). Outros detalhes, no entanto, serão divulgados apenas após a análise do material apreendido. As empresas não se pronunciaram sobre as buscas.
