Pandemia reduziu até operações suspeitas de lavagem de dinheiro, no Paraguai

Mesmo assim, houve 5.811 informes sobre possível lavagem de dinheiro, ao longo desse primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2019.

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A Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro ou Bens (Seprelad), do Paraguai, informou que houve uma queda de 43% nas operações financeiras suspeitas no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, noticia o jornal Última Hora.

Segundo a diretora geral de análise financeira e estretégica da Seprelad, Carmen Pereia Seprelad, a queda tem relação com a diminuição da atividade econômica em geral, como consequência da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Mesmo assim, houve 5.811 informes sobre operações suspeitas, com pico mais alto no mês de abril.

O setor bancário continua sendo a principal fonte de informações da Seprelad sobre operações suspeitas, com 94,53% do total.

Financeiras, cooperativas, casas de câmbio e administradores de fundos mútuos respondem por 3,08% e, finalmente, os escrivãos, as empresas que remetem dinheiro, importadores de veículos, imobiliárias e cassinos completam os 2,39% restantes de participação.

Carmen Pereira contou que os bancos registraram uma diminuição de 43% nas operações suspeitas, em comparação com o primeiro semestre de 2019. As casas de câmbio perceberam queda de 69%, as cooperativas de 73% e os cassinos, de 50%.

Houve um aumento de informes nos setores das companhias de seguros (117%), remetentes (450%) e escrivãos (124%).

“Também no nível de montantes se observou uma queda no primeiro semestre, comparado com o mesmo período do ano anterior”, informou Carmen Pereira.

Os informes reportaram a movimentação suspeita de 11.348.969.786.399 (cerca de R$ 8,7 bilhões), 25% menos que em 2019. Os informes de bancos lideraram também em volume de dinheiro, com 98,43% do total.

Análise das suspeitas

A Seprelad informou que todos os informes sobre movimentação suspeita de dinheiro são analisados, selecionando-se os que representam maior risco. Sobre esses, é aplicado um processo de análise financeira mais apurado.

Em caso de se detectar indícios de lavagem de dinheiro ou finaciamento ao terrorismo, o caso é repassado ao Ministério Público.

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