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Menina indígena desaparecida no Paraguai pode estar no Brasil

Tio da criança de seis anos está preso no Paraguai; polícia suspeita que a menina tenha sido vendida no lado brasileiro.

2 min de leitura
Menina indígena desaparecida no Paraguai pode estar no Brasil
À Polícia Nacional do Paraguai, tio relatou que cruzou a Ponte da Amizade a pé com a menina até o lado brasileiro. Foto: Marcos Labanca/H2FOZ (Arquivo)

O Paraguai está investigando o desaparecimento de uma menina indígena de apenas 6 anos, vista pela última vez na fronteira com o Brasil.

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Nessa segunda-feira (25), a Polícia Nacional do Paraguai emitiu um cartaz com a foto e os dados da criança, cujo paradeiro segue ignorado desde o dia 15.

ATUALIZAÇÃO: a Polícia Nacional do Paraguai informou ter localizado a menina. Com isso, fica cancelado o alerta. A investigação, contudo, continua para o esclarecimento completo do caso.

Cartaz publicado pela Polícia Nacional do Paraguai

Conforme as investigações, na data em questão, a menina, residente na aldeia de Naranjaty, município de Ñacunday, deixou a comunidade em companhia de um tio. A mãe da menor afirma que o homem, de 65 anos, retirou a criança sem sua permissão.

Em seguida, o homem teria levado a menina até a rodoviária (Terminal de Omnibus) de Ciudad del Este, onde há um acampamento indígena. Há relato de que tio e sobrinha foram vistos, também, na cidade vizinha de Presidente Franco, Paraguai.

Travessia do Paraguai para o Brasil

Detido na última sexta-feira (22), o tio deu aos policiais a versão de que cruzou a pé a Ponte da Amizade com a menina e outro indígena. Uma vez no Brasil, segundo a versão do detido, a criança teria soltado sua mão e fugido.

Para os investigadores que acompanham o caso no Paraguai, contudo, a história apresentada pelo tio tem várias contradições.

Os policiais suspeitam de que o homem entregou a menina para uma terceira pessoa, em Foz do Iguaçu, em troca de dinheiro. Tal situação, se confirmada, caracterizaria o crime de tráfico internacional de pessoas.

A denúncia está sob monitoramento do Ministério Público do Paraguai, que designou a promotora Julia González Medina, da unidade da Infância e da Adolescência.

De acordo com o jornal ABC Color, autoridades brasileiras também receberam um pedido de colaboração, no âmbito do Comando Tripartite. Não há, até o momento, informações sobre a atual localização da criança.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.