Paraguai abre mesa de diálogo com funcionários demitidos de Itaipu

No dia 11, a diretoria paraguaia da binacional cancelou os contratos de 187 trabalhadores admitidos no último mês de julho.

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Representantes dos 187 trabalhadores demitidos pela diretoria paraguaia de Itaipu foram recebidos em Assunção, na sexta-feira (27), pela chefe do Gabinete Civil do Poder Executivo do Paraguai, Lea Giménez, e pelo assessor jurídico da Presidência da República, Roberto Ilo Moreno.

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A reunião teve como pauta o pedido de revisão da decisão anunciada pelo diretor-geral paraguaio de Itaipu, Justo Zacarías Irún, no dia 11 de outubro, de cancelar os contratos dos 187 trabalhadores admitidos pela binacional, no mês de julho, em processo seletivo considerado irregular pelo atual governo paraguaio, que tomou posse em 15 de agosto.

Desde então, os demitidos têm feito protestos e apelado às autoridades do país para que cada caso seja revisado individualmente, uma vez que as supostas irregularidades denunciadas, como a aprovação de filhos e familiares de dirigentes políticos, afetariam apenas uma pequena parte do total de aprovados no processo.

“Celebramos a abertura de diálogo do presidente e seus ministros, aos quais fizemos chegar nossa proposta e eles apresentaram uma contraproposta. É um bom começo. Estamos com uma mensagem muito positiva”, afirmou o advogado Luis Riveros, representante dos trabalhadores, citado pelo jornal La Nación.

No dia 16, os trabalhadores demitidos manifestaram-se no acesso à usina de Itaipu pela margem paraguaia do Rio Paraná, como noticiado pelo H2FOZ. Nos dias seguintes, houve protestos em Ciudad del Este e Assunção, em frente ao Congresso Nacional.

A diretoria paraguaia de Itaipu argumenta que o processo seletivo teve vícios incorrigíveis e afirma que está estudando a elaboração de um novo edital que garanta “a transparência do sistema de seleção de pessoal, para que a concorrência seja em igualdade de oportunidades e todos os paraguaios tenham a oportunidade de participar”.

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