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Quem for a Puerto Iguazú, nesta sexta, encontrará um cenário diferente devido ao feriado do Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, recordado em 24 de março. Alguns serviços não estarão disponíveis, mas o turismo está recebendo grande quantidade de argentinos que aproveitaram o fim de semana prolongado para viajar.
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A programação cívica teve início na noite de ontem, com uma vigília artística na praça San Martín, área central da cidade. Nesta sexta, pela manhã, autoridades e representantes da sociedade civil participaram do ato oficial em alusão aos 47 anos do golpe de estado de 24 de março de 1976, que instaurou a ditadura militar que durou até 1983.
À tarde, a partir das 15h, será aberta a III Feira Internacional do Livro Iguazú Cataratas, com palestras, apresentação de livros e exibição gratuita do filme “Argentina 1985”, que concorreu, recentemente, ao Oscar de Melhor Filme Internacional. A produção retrata o julgamento de militares que praticaram crimes durante a ditadura.
O número de civis mortos por causas políticas, durante os sete anos do regime, varia entre oito mil (cifra admitida pelos ex-comandantes Reynaldo Bignone e Jorge Videla) e 30 mil (estimativa de organizações internacionais de direitos humanos).
Mais de 500 crianças, filhas de presos políticos, foram retiradas de suas famílias e entregues a militares e pessoas próximas ao regime. Desse total, 132 foram identificadas e recuperaram o verdadeiro nome, graças ao trabalho de movimentos como o Abuelas de Plaza de Mayo, que reúne avós e mães de pessoas desaparecidas nos anos de chumbo.
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