Itaipu lidera com folga “ranking” de hidrelétricas na produção de energia em 2022; veja infográfico

Produção foi equivalente à da soma das duas maiores usinas hidrelétricas do Brasil: Tucuruí e Belo Monte.

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A usina de Itaipu fechou 2022 com a geração de 69.873.095 MWh de energia, um volume 5,28% superior à produção registrada em 2021. Como comparação, o número foi equivalente à soma do total gerado pelas duas maiores hidrelétricas do Brasil que aparecem na sequência: Tucuruí e Belo Monte, ambas construídas no estado do Pará.

No top 7 das hidrelétricas em produção de energia, Itaipu supera ainda Santo Antônio (Rondônia), Xingó (na divisa de Alagoas e Sergipe), Jirau (Rondônia) e Ilha Solteira (São Paulo). Veja o infográfico:

Deixando para trás a maior crise hídrica desde sua operação, Itaipu atingiu o segundo melhor resultado de produtividade da série histórica, o que representou um ganho de 3,4 milhões de MWh (aproximadamente 5%) na produção do ano. Essa produção possibilitou que fosse atingida, no dia 27 de dezembro, a marca de 2,9 bilhões de MWh gerados desde que entrou em atividade, em maio de 1984. Nenhuma outra hidrelétrica no mundo produziu tanta energia em sua história.

Eficiência

Itaipu teve outra conquista ao atingir a marca de 100% de eficiência operativa, medida pelo Fator de Capacidade Operativa (FCO). Na prática, significa que toda a água recebida pelo reservatório foi utilizada para a geração de energia, sem necessidade de abertura do vertedouro.

Segundo o gerente do Departamento de Operação do Sistema, Rodrigo Gonçalves Pimenta, essa situação é rara porque o reservatório de Itaipu opera em um modelo de fio d’água, isto é, não possui grande capacidade de armazenamento. Todo o volume de água que chega até a barragem precisa seguir o fluxo do rio, seja produzindo energia, por meio das unidades geradoras, ou sendo escoado pelo vertedouro.

Em relação à manutenção das unidades geradoras, a indisponibilidade forçada – quando há necessidade de parar uma máquina para manutenção não programada – ficou em apenas 0,09%. Foi o décimo ano consecutivo em que a Diretoria Técnica cumpriu a meta de manter o número abaixo de 0,5%. “É o resultado de um trabalho bem-feito das equipes binacionais de operação e manutenção, que permite identificar falhas em tempo hábil para programar as paradas e não afetar a produção”, frisa o gerente. A disponibilidade das unidades geradoras foi de 97,25%, bastante expressiva, representando a terceira melhor já registrada pela empresa.

Engenheiro Rodrigo Pimenta. Foto:Rubens Fraulini

Além de grande produtora de energia limpa e renovável, ao longo do ano passado, a Itaipu e todo o bloco das usinas hidrelétricas se destacaram em outro papel fundamental para o setor elétrico: o de reserva estratégica, contribuindo para a segurança do suprimento diante da intensa expansão das fontes renováveis intermitentes, como a solar e eólica.

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