Servidores rejeitam proposta da prefeitura e não aceitam menos de 10% de reposição

Contraproposta aprovada em assembleia será levada à administração, e uma comissão foi eleita para organizar a mobilização.

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Contraproposta aprovada em assembleia será levada à administração, e uma comissão foi eleita para organizar a mobilização.

Em assembleia na noite dessa quarta-feira, 8, servidores públicos municipais decidiram rejeitar a proposta de reposição salarial de 8%, parcelados, apresentada em reunião de negociação pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD). A categoria pede pelo menos 10% para a recomposição das perdas salariais.

Alega o funcionalismo que a inflação de dois dígitos reduz o poder de compra, afetando a renda e também a economia iguaçuense, muito dela movimentada a partir das remunerações. Na assembleia, os servidores também se pronunciaram a fim de diferenciar reposição salarial e aumento de salários.

Ainda chamou a atenção da categoria o fato de, enquanto negocia com a liderança do Sindicato dos Servidores Municipais (Sismufi), o prefeito Chico Brasileiro (PSD) mandou para a Câmara de Vereadores o projeto de lei instituindo reposição de 6%. Esse percentual é abaixo da própria proposta da prefeitura e aquém dos 10% requeridos em assembleia.

A contraposta que os servidores levarão à administração municipal abrange:

  • 1ª: reposição de no mínimo 10%, parcelada neste ano, e vale-alimentação para toda a categoria;
  • 2ª: reposição de no mínimo 11%, parcelada neste ano, sem vale-alimentação;
  • 3ª: reposição de no mínimo 10%, parcelada neste ano, e vale-alimentação indexado à tabela de referências salariais;
  • 4ª: reposição integral de 13,31%, sem vale-alimentação.

De acordo com o Sismufi, uma comissão foi formada durante a assembleia para as mobilizações. Essa instância de servidores deverá “organizar e decidir sobre a realização de manifestações públicas com a finalidade de defender o cumprimento da data-base”, informa.

Projeto da prefeitura

O projeto de reposição enviado pela prefeitura ao Legislativo prevê 5,11% referentes ao período inflacionário de maio de 2021 a abril de 2022, e 0,89% de perdas de 2019 a 2021. O parcelamento está previsto em três partes iguais, em junho e em setembro de 2022 e janeiro de 2023.

Segundo a prefeitura, reposição inflacionária visa a resgatar o poder aquisitivo, pois não é aumento real de salários. “Desta forma, a Administração Municipal cumpre o comando constitucional, como forma de garantir os direitos constitucionais dessa relevante categoria”, justifica.

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