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Prevenção e cuidados

Força-tarefa reforça combate a acidentes com escorpiões

Paraná já registrou mais de cinco mil casos de acidentes com escorpiões e três mortes; veja dicas de prevenção e cuidado.

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Força-tarefa reforça combate a acidentes com escorpiões
A recomendação é a de que a população redobre os cuidados dentro e ao redor das residências - foto: Sesa/divulgação

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) implementou força-tarefa e intensificou as ações de vigilância e prevenção contra acidentes com escorpiões. A medida ocorre após o aumento dos casos e três mortes registradas em 2025.

A recomendação é a de que a população redobre os cuidados dentro e ao redor das residências. A principal iniciativa é evitar locais e espaço que possam abrigar esses animais.

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Acidentes com escorpiões

O Paraná já contabiliza mais de cinco mil acidentes com escorpiões e três óbitos neste ano. São dois meninos, de 3 e 12 anos, em Cambará, e uma menina de 4 anos, em Jacarezinho.

Embora a maioria dos casos seja de baixa gravidade, os mais severos exigem atendimento médico imediato. A Sesa orienta que, diante de qualquer picada, a vítima procure uma unidade de saúde o quanto antes.

“A prevenção é a melhor solução. Se evitarmos o acidente, estaremos preservando vidas e reduzindo a necessidade de tratamentos de urgência”, afirmou o secretário da Saúde em exercício, César Neves.

Soro em 225 locais

O Paraná mantém uma rede estruturada com 225 unidades de referência para aplicação de soros antivenenos, distribuídas nas 22 Regionais de Saúde. Os soros são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos conforme o cenário epidemiológico. Desde 2016, apenas o Instituto Butantan realiza a produção nacional.

Segundo a Sesa, nunca houve falta de soro no Paraná. As Regionais atuam em regime de plantão permanente, garantindo o envio rápido do insumo sempre que necessário.

“Cada caso é avaliado individualmente com o CIATox, que orienta o uso adequado do soro e assegura o cumprimento dos protocolos clínicos. Nem todos os acidentes exigem soroterapia, e o controle racional é essencial para evitar desabastecimento”, reforçou Neves.

Escorpiões buscam alimento

Os escorpiões costumam aproximar-se das residências em busca de insetos, principalmente baratas, atraídos por lixo e restos orgânicos. Materiais de construção, madeiras, tijolos e entulhos também servem de abrigo, aumentando o risco de acidentes.

A espécie mais comum e perigosa no estado é o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), responsável pela maioria dos casos graves e pelos três óbitos registrados em 2025. Altamente adaptável, ele se reproduz assexuadamente, o que facilita infestações.

Como evitar acidentes com escorpiões

Para reduzir riscos, a Sesa orienta que a população:

  • mantenha quintais e jardins limpos;
  • evite acúmulo de entulhos e materiais de construção;
  • acondicione corretamente o lixo domiciliar, evitando baratas e insetos;
  • sacuda roupas, sapatos e toalhas antes de usar.

Em caso de picada

Em caso de picada, recomenda-se lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e procurar imediatamente um serviço de saúde. O animal pode ser capturado com segurança ou fotografado para auxiliar na identificação durante o atendimento.

Não se deve amarrar o local da picada, nem aplicar álcool, querosene, ervas ou urina, nem realizar cortes e queimaduras. O uso de bebidas alcoólicas ou gasolina é contraindicado, pois agrava o quadro clínico.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)

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    Paulo Bogler

    Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.