Erva-mate do Paraná: estado quer aumentar exportação

Em outra frente, o cultivo do produto nas florestas de araucárias foi eleito como patrimônio global por órgão das Nações Unidas.

O estado quer aumentar a exportação da erva-mate do Paraná. Evento nesta semana discutiu formas de ampliar a presença do produto no mercado internacional.

A Invest Paraná promoveu o encontro em São Mateus do Sul. Participaram representantes do setor público, pesquisadores e produtores, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da erva-mate do Paraná.

Na ocasião, foi apresentada uma parceria estratégica entre a Invest Paraná, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar). A aliança é voltada à valorização do mate.

A parceria consiste em um projeto de pesquisa para dinamizar a cadeia produtiva da erva-mate paranaense. O financiamento da iniciativa é em torno de R$ 500 mil do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, uma dotação orçamentária gerida pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

Entre as metas estão:

  • implementação de boas práticas agrícolas; e
  • desenvolvimento de um aplicativo de rastreabilidade da cadeia produtiva da erva-mate paranaense.

Segundo o diretor de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurélio Pelegrina, a ideia é aliar pesquisa científica às demandas do setor produtivo. Assim, como resultado, assegurando sustentabilidade e competitividade.

“Esse projeto exemplifica a importância de alinhar a produção científica às necessidades reais do setor produtivo”, disse. “Pois, ao implementar novas tecnologias, agregamos valor à erva-mate e fortalecemos a economia local e regional, com base em conhecimento e inovação”, completou.

2.º maior exportador

A criação de uma identidade territorial e mercadológica para a erva-mate é considerada necessária para agregar valor ao produto. Com efeito, a intenção é consolidar a erva como ativo cultural, ambiental e socioeconômico.

A plataforma de rastreabilidade, parte do projeto, também é apontada como estratégica para a valorização do produto. A finalidade é registrar todas as etapas da cadeia, desde o cultivo até a comercialização.

As oportunidades de exportação da erva-mate e as perspectivas do setor são inúmeras, expôs a Invest Paraná. Ela está presente em países como Uruguai, Chile, Estados Unidos e Emirados Árabes.

Dados do Comexstat (sistema de divulgação de estatísticas do comércio exterior do Brasil) mostram que o Paraná exportou US$ 12.009.019 em erva-mate em 2024, crescimento de US$ 4,34 milhões em relação ao ano anterior. O estado ultrapassou Santa Catarina e passou a figurar como segundo maior exportador do país, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Erva-mate sombreada

O cultivo da erva-mate sombreada nas florestas de araucárias do Paraná acaba de ser eleito, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (GIAHS). O título reconhece sistemas produtivos sustentáveis que valorizam o conhecimento tradicional e a agrobiodiversidade.

A FAO é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que lidera esforços internacionais para erradicar a fome, melhorar a nutrição e garantir a segurança alimentar em todo o mundo. O reconhecimento é apenas o segundo título concedido pelo órgão ao Brasil, ao lado dos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais. Em todo o mundo, 95 sistemas de 28 países são considerados Patrimônio Agrícola Mundial.

(Com informações da Agência Estadual de Notícias)

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