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Meio Ambiente

Justiça condena e multa em R$ 10 milhões grupo que trazia agrotóxico ilegal do Paraguai

Penas a dez pessoas somam 190 anos, no âmbito da operação Terra Envenenada; agroquímicos eram enviados da fronteira para todo o país.

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Justiça condena e multa em R$ 10 milhões grupo que trazia agrotóxico ilegal do Paraguai
Acusados desconsideravam os malefícios do produto para a saúde humana, para a fauna e a flora, conforme o MPF - foto ilustrativa: Freepik

A Justiça Federal condenou dez pessoas que operavam na importação, comércio e transporte de agrotóxicos clandestinos trazidos do Paraguai para o Brasil. E determinou o pagamento de mais de R$ 10 milhões por indenização a danos morais coletivos.

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Os acusados podem recorrer. As sentenças decorrem de investigações da operação Terra Envenenada. Pelo menos outras cinco ações contra outros integrantes do grupo ainda aguardam julgamento, informou o Ministério Público Federal (MPF), que denunciou os envolvidos.

Somadas, as penas aplicadas pelo Judiciário chegam a 190 anos. As condenações são pelos seguintes crimes:

  • organização criminosa;
  • transporte e comercialização irregular de agrotóxicos; e
  • depósito e transporte de substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana.

A operação Terra Envenenada foi deflagrada em outubro de 2022. O MPF sustenta que os acusados formavam uma “organização criminosa” que comprava, no Paraguai, grandes remessas do agrotóxico Paraquat. É um produto de comercialização e uso proibidos no Brasil.

Os acusados faziam o transporte do produto para todo o país, a partir de cidades da fronteira com o país vizinho. Os preços eram menores do que os cobrados por produtos nacionais, e os membros do grupo “desconsideravam os malefícios causados pelo uso do produto para a saúde humana, para a fauna e a flora”, cita a Justiça Federal.

No despacho, o juiz afirma que o agrotóxico distribuído pela organização criminosa seria utilizado em plantações destinadas à alimentação humana. Já para o MPF, “o grupo expôs uma coletividade de pessoas a grave risco, o que evidencia motivo torpe e o completo desprezo dos réus pelos danos à vida humana, aos animais e ao meio ambiente”, pontua.

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    Paulo Bogler

    Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.