No último sábado (18), a Receita Federal do Brasil (RFB) fez uma apreensão incomum na Ponte da Amizade. No interior de um táxi, escondidos em mochilas, a fiscalização encontrou diversos animais transportados por um brasileiro que retornava do Paraguai.
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A ação resultou na identificação de dez lagartixas-de-crista, 12 jacarés e duas cobras (uma sucuri e uma píton). Os animais, em sua maioria exóticos, estavam vivos e, a princípio, em boas condições de saúde.
Aos responsáveis pela abordagem na Ponte da Amizade, o homem afirmou que comprou os répteis no Paraguai, com a intenção de vendê-los em São Paulo, clandestinamente. Disse, ademais, que já tinha feito esse tipo de transação em outras oportunidades.

De acordo com a Receita Federal, ele pretendia vender cada lagartixa a R$ 600. Já os jacarés custariam R$ 150, enquanto a sucuri sairia por R$ 800, e a píton, por R$ 3 mil.
Conforme a Receita, “o transporte irregular de animais silvestres ou exóticos configura crime ambiental, sujeito a sanções penais e administrativas”.
Os animais apreendidos na Ponte da Amizade foram encaminhados ao Eco Park Foz, centro ambiental localizado na região da BR-469 (Rodovia das Cataratas).
Nesta quarta-feira (22), os répteis permaneciam sob a guarda do Eco Park Foz, recebendo acompanhamento veterinário. Em breve, passarão por exames clínicos e laboratoriais para avaliar-se o estado de saúde e definir-se os próximos passos.
Destino definitivo dos animais
Segundo o Eco Park Foz, a depender das decisões dos órgãos ambientais, alguns dos animais exóticos apreendidos na Ponte da Amizade poderão ficar no próprio parque.
“A captura e o comércio ilegal comprometem a sobrevivência de inúmeras espécies e geram impactos irreversíveis na natureza”, informa o centro ambiental.
“A instituição apoia no resgate, reabilitação e educação ambiental, promovendo o respeito à fauna. Casos como este reforçam a importância do trabalho conjunto com os órgãos ambientais para combater esse tipo de crime”, complementa.

