Localizado na Chapada dos Guimarães (MT), o Santuário de Elefantes Brasil (SEB) confirmou, nessa terça-feira (16), a morte da elefanta Kenya, de 44 anos.
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Em julho de 2025, o traslado de Kenya entre o zoológico de Mendoza, na Argentina, e a reserva dedicada aos animais no Brasil mobilizou a região de fronteira.
Na ocasião, o H2FOZ acompanhou a entrada da elefanta em território brasileiro, ocorrida pela Ponte Tancredo Neves, entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú.
A passagem pela Terra das Cataratas contou com um esquema especial de transporte, operacionalizado por órgãos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A bordo de um contêiner especial, a elefanta Kenya viajou mais de quatro mil quilômetros entre Mendoza e o Santuário de Elefantes Brasil.
Área particular de proteção ambiental, o santuário abriga elefantes resgatados de zoológicos desativados. Assim, os animais podem desfrutar uma “aposentadoria” confortável, em ambiente de liberdade.
De acordo com o SEB, Kenya faleceu por causas naturais. A elefanta estava sob monitoramento da equipe de tratadores, que vinha percebendo comportamento diferente nos últimos dias.
“Após vários dias sem demonstrar sinais de que estava se deitando, Kenya finalmente se deitou na noite passada”, descreveu a equipe. “Durante toda a noite, ela não se mexeu — não chegou sequer a movimentar as patas; estava claramente muito cansada.”
“Nesta manhã, seus olhos estavam um pouco mais abertos, mas ela permanecia calma. […] Em determinado momento, sua respiração mudou e ela soltou um suave trombetear de filhote enquanto partia de forma rápida e tranquila”, informou o SEB.
Procedente da África, a elefanta Kenya passou praticamente toda a vida em cativeiro. Nos meses em liberdade, apresentou comportamento considerado típico e pôde socializar com elefantes da mesma espécie.

