Parceria entre Itaipu e instituição argentina reintroduz animais na natureza

Binacional forneceu jaguatiricas e mutuns-de-penacho para repovoar o bioma do Gran Parque Iberá, na província de Corrientes.

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Uma parceria entre a Fundação Rewilding Argentina e a Itaipu Binacional está ajudando a repovoar um dos ecossistemas mais importantes do país vizinho: o dos Esteros del Iberá, área de vegetação úmida na província de Corrientes.

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Nesta quarta-feira (6), em Foz do Iguaçu, Itaipu entregou à fundação argentina três jaguatiricas e 19 mutuns-de-penacho, que serão reintroduzidos à natureza no Gran Parque Iberá, formado por um conjunto de áreas provinciais e nacionais de preservação.

Animais passaram por processo de quarentena antes do transporte por terra até Corrientes. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Animais passaram por processo de quarentena antes do transporte por terra até Corrientes. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

Os animais estavam no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV). A operação, que é a segunda da parceria entre as instituições (a primeira foi em 2019, com o envio três antas e dez mutuns), passou pelo crivo dos órgãos ambientais do Brasil e da Argentina.

“A ideia de doar os animais é dar um melhor destino para eles terem uma vida livre e, além disso, recebermos a capacitação que vai nos ajudar na reintrodução em nossa Mata Atlântica”, disse o médico-veterinário Pedro Telles, de Itaipu, apontando que a ideia é, no futuro, reintroduzir animais no próprio território brasileiro.

Mutuns-de-penacho formam parte importante do ecossistema do Iberá. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Mutuns-de-penacho formam parte importante do ecossistema do Iberá. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

Uma das curiosidades apontadas por Telles é que as jaguatiricas descendem dos primeiros espécimes obtidos por Itaipu, em 1982, na Operação Mymba-Kuera, que resgatou animais das áreas que estavam sendo inundadas para a formação do lago.

Para a Fundação Rewilding Argentina, a parceria com Itaipu é fundamental, como destaca o médico-veterinário Gustavo Solis. “Nossa região perdeu muitas espécies e, agora, estamos devolvendo esses animais para termos um ecossistema saudável”, afirmou.

Equipes de Itaipu e da Fundação Rewilding Argentina. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional
Equipes de Itaipu e da Fundação Rewilding Argentina. Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

Antes de deixarem o RBV, os espécimes passaram por um processo de quarentena sanitária. O transporte até Corrientes está sendo feito por via terrestre. Uma vez no Iberá, haverá nova quarentena e adaptação antes da soltura definitiva na natureza.

No caso específico das jaguatiricas, que já têm 14 anos de idade, a ideia dos pesquisadores argentinos é mantê-las em recintos para procriação, com a reintrodução ocorrendo em um momento posterior, já com a companhia dos filhotes.

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