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Rede é criada em Foz para implementar Plano de Mata Atlântica

Apesar de aprovado, plano ainda não saiu do papel, porque município não dispõe de equipe técnica e recursos.

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Rede é criada em Foz para implementar Plano de Mata Atlântica
Bosque Guarani é uma floresta urbana de Mata Atlântica - Foto: Marcos Labanca
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Uma rede de monitoramento foi criada em Foz do Iguaçu para implementação do Plano Municipal de Mata Atlântica (PMMA). As discussões sobre a atuação do grupo foram realizadas durante o III Fórum das Árvores, que ocorreu na semana passada.  

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A rede reúne entidades e pessoas físicas e jurídicas que vão atuar em prol da conservação do meio ambiente da cidade. A iniciativa é do Observatório Educador Ambiental Moema Viezzer (OBEAMV), responsável pelo fórum.

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Coordenadora do OBEAMV, a bióloga Luciana Ribeiro diz que cada pessoa ou organização da rede tem um papel. Os grupos de monitoramento, por exemplo, observam e informam a situação das áreas fazendo oficinas formativas, roteiros de observação e registros.

Já os grupos de sistematização vão trabalhar informações que são compiladas em relatórios e propor recomendações técnicas, posteriormente encaminhadas à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comafi) e meios de comunicação. Também articulam reuniões com especialistas que possam auxiliar a tomada de decisões.

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Plano

Uma das bandeiras do Fórum das Árvores é a implementação do Plano Municipal de Mata Atlântica (PMMA). Aprovado em 2020, o plano ainda não saiu do papel. A SMMA alega que não tem equipe técnica suficiente para levá-lo adiante, por isso é preciso atuação do Comafi e da população.

Com o propósito de estabelecer estratégias para proteção da Mata Atlântica, o plano estabeleceu 22 áreas prioritárias em Foz do Iguaçu, totalizando 7.814 hectares. No entanto, há dificuldades para cumprir esse papel, porque a cidade vive momento de expansão imobiliária e construção de rodovias, a exemplo da Perimetral Leste e da BR-469.

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Apesar das autorizações ambientais concedidas, há várias irregularidades, como ocorreu no passado no desmatamento do Bosque dos Macacos.

O desflorestamento desproporcional e irregular causa impacto no planeta e contribui para a piora dos efeitos climáticos.

Membro do OBEAMV, a professora Ana Fonseca, em entrevista ao Marco Zero, da Rádio Clube e Portal H2FOZ, alerta que Foz do Iguaçu é uma das cidades brasileiras que já sentem os efeitos das mudanças climáticas do planeta. “Cada vez que o El Niño surge é mais brutal.”

Ela chama atenção para a ocorrência de secas cada vez mais severas, a exemplo do que pode ser visto na Amazônia atualmente, e as chuvas excessivas, registradas principalmente na Região Sul.

Por isso, diz, é importante manter áreas naturais do bioma original da cidade e fazer podas saudáveis, evitando que as árvores caiam com o tempo.

As árvores, lembram, além de garantir mais conforto térmico, têm papel importante na época de chuvas, pois absorvem água e previnem as inundações, tão comuns hoje em Foz do Iguaçu.

Participantes da rede

Projeto Yporã; BiomaBrasil; SecretFalls; Colégio Bertoni; Iguazu Wellness; Coletivo de Cidadania; Coletivo Ambiental; portal H2FOZ; turmas de professores de disciplinas afins ao monitoramento de diversas instituições de ensino (UDC, UniAmérica e colégios estaduais);  vereadores Yasmin, Kalito e Adnan; consultores técnicos como o professor Júlio Garcia, Sandra Steinmetz e Fernando (ver sobrenome); membros do MPE.

A rede está aberta a novas adesões.

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    Denise Paro

    Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br