Aida Franco de Lima – OPINIÃO
O cessar dos bombardeios na Faixa de Gaza foi anunciado e o acordo assinado e transmitido nesta segunda por líderes mundiais, sob o comando de Donald Trump, o presidente dos EUA. Não é, infelizmente, um tratado de paz, é tão somente uma trégua no bombardeio que Israel promove após o dia 08 de outubro de 2023, quando os terroristas do grupo palestino Hamas invadiu uma festa have, matando e sequestrando israelenses.
O Hamas sequestrou 251 pessoas e matou em torno de 1200 pessoas em 2023. Destas sequestradas, ainda em posse do Hamas, por conta de libertações anteriores, 20 foram libertadas com vida junto de 08 corpos. Os outros 20 segundo o Hamas, ainda não foram encontrados. Eles podem estar sob as toneladas de escombros que tomaram conta de Gaza. De cada 10 prédios, 07 foram destruídos.
De outro modo, Israel também libertou cerca de 250 palestinos que estavam em Israel e outros 1700 palestinos privados de liberdade justamente em Gaza. A imprensa de modo geral trata os israelense como sequestrados e os palestinos como prisioneiros.
- Estamos falando em vidas mas os números são chocantes. Do lado de Israel foram 1228 mortos. Do lado palestino, dados de antes da assinatura do citado acordo, indicavam que 67 mil palestinos foram mortos enquanto que outros 170 mil foram feridos. A área agricultáve da faixa de gaza se reduziu a menos de 3%.
Não há como falar que foi uma guerra, quando apenas uma lado é atacado e a população civil é devastada e não há como deixar de citar um genocídio. O mesmo ao que o povo judeu foi submetido impiedosamente pelo nazismo.
Parte da população de Israel acusa o governo de Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, de não dar a devida importância em libertar os sequestrados que foram levados com vida. Que preocupou-se mais em atacar. Tendas foram montadas em frente à casa de Netanyahu para, nestes dois anos, lembrá-lo dos reféns.
O drama da população civil, sendo morta por bombardeios nos hospitais e em busca de comida chocou o mundo. Os protestos ocorreram incessantemente. Os governantes foram pressionados. Pessoas desnutridas, totalmente esquálidas, pareciam não impressionar apenas quem provocava os bombardeios.
Trump está sendo considerado como o grande articulador do acordo, costurado em cima de muitas propostas anteriormente negadas pelos EUA. Até poucas semanas o presidente Trump dizia que queria transformar Gaza em um resort de luxo. Mas em 09 de setembro, Israel atacou o Catar, tendo como alvo equipe de negociação do Hamas. Não atingiu ninguém do Hamas, matou cidadão do Catar e irritou Trump, que tem negócios com Catar. Netanyahu ligou para o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, diretamente da Casa Branca, em Washington, na presença de Trump para se desculpar sobre o ocorrido e teve que aceitar goela abaixo a pausa dos bombardeios à Gaza.
Nos vídeos que circulam nas redes socias, poucos, diga-se de passagem pois o algoritmo não os entrega com a mesma intensidade que os tigrinhos da vida, os moradores de Gaza mostram o que sobrou de suas casas. Parece ser um misto de euforia, revolta, esperança.
Não se sabe até quando o cessar fogo continuará. Se os palestinos conseguirão reconstruir suas vidas antes de novos bombardeios. O mundo espera ansioso pelo acordo de paz, ainda que ela venha em troca de interesses dos empresários que usam os cargos públicos para turbinar seus negócios.
Ainda no segundo dia de trégua, Israel reduziu para a metade, 300 caminhões, que poderão levar ajuda diariamente aos palestinos e ainda atirou em pessoas que teriam aproximado de suas tropas. De outro modo, integrantes do Hamas executaram em praça pública 08 pessoas que seria de facções rivais. E enquanto isso, os civis caminham em busca de seus lares escondidos nos escombros…
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