A Direção de Meteorologia e Hidrologia do Paraguai (DMH) está alertando os moradores do país sobre a possibilidade de “chuva preta” (ou “chuva negra”), que acontece quando há grande quantidade de partículas em suspensão na atmosfera.
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O aviso engloba a maior parte do território paraguaio, além de partes da Argentina e do Brasil. A causa é o registro de grandes incêndios florestais em locais como a Amazônia, o Pantanal e o Chaco, com dispersão de fumaça e cinzas pelo ambiente.
Ciudad del Este e região fronteiriça (incluindo a brasileira Foz do Iguaçu e a argentina Puerto Iguazú) estão na área de possível ocorrência do fenômeno, que poderá manifestar-se nas próximas 48 horas.
Em declarações reproduzidas pelo jornal La Nación, o diretor da Meteorologia do Paraguai, Eduardo Mingo, explicou que a água da chuva chega ao solo com uma coloração escura por remover a sujeira existente na atmosfera.
“É uma espécie de limpeza o que vai acontecer. Vamos comparar com um carro que está bastante sujo. Quando começamos a jogar água no carro, a água começa a cair suja na primeira mangueirada”, exemplificou.
O dia com maior probabilidade para o registro de “chuva preta”, segundo Mingo, é a sexta-feira (13), embora chuvas com coloração escura já tenham sido registradas, na quarta (11), em cidades do departamento (estado) de Itapúa, no Sul do Paraguai.
Especificamente para Foz do Iguaçu, o Simepar, órgão de meteorologia do Paraná, prevê 12.5 milímetros de chuva para sexta e outros 25.1 milímetros para sábado (14). Após a limpeza efetuada pelo fenômeno, as condições do ar estarão melhores na região.
Outras fontes consultadas pelo H2FOZ, como o site Climatempo, indicam probabilidade de garoa já para a noite desta quinta-feira (12), com 15mm na sexta e 25mm no sábado. Já a Metsul Meteorologia projeta chuvas só para sábado (7.3mm) e domingo (13.3mm).
Orientações
Enquanto a qualidade do ar continuar ruim na região, as orientações à população incluem evitar a prática de atividades físicas ao ar livre e manter a hidratação em dia, aumentando o consumo de água e moderando a ingestão de bebidas diuréticas.
O uso de máscaras para reduzir os riscos da exposição prolongada à fumaça também é recomendado, bem como ampliar a higienização das mãos, do rosto e dos olhos. Em caso de problemas, procure uma unidade de saúde.
