Argentina vive forte onda de calor, depois de um 2021 quente e seco

Temperaturas nesta semana, em todo o país, vão ficar entre 35 e 41 graus. País está sob alertas amarelo, laranja e vermelho.

Temperaturas nesta semana, em todo o país, vão ficar entre 35 e 41 graus. País está sob alertas amarelo, laranja e vermelho.

Durante esta semana, a maior parte da Argentina atravessa uma onda de calor “extraordinária”, com temperaturas máximas entre 35 e 42°C.

Essas temperaturas podem tornar a Argentina, novamente, um dos locais mais quentes do planeta, segundo especialistas do Serviço Meteorológico Nacional, conforme matéria divulgada pela Agência Télam.

Um adendo, antes de continuar: nos locais mais quentes, a Argentina enfrenta temperaturas acima das que vivemos em Foz do Iguaçu, nesta semana. Portanto, é calor de verdade. Outra característica semelhante com Foz é a seca contínua.

O forte calor deixou a província de Mendoza sob alerta vermelho, pelo grave risco que temperaturas extremas podem provocar à saude. O restante das províncias argentinas está sob alertas laranja e amarelo.

Mesmo o alerta amarelo indica risco, já que as temperaturas elevadas “podem ser perigosas principalmente para os grupos de risco, como bebês e crianças pequenas, idosos com mais de 65 anos e pessoas com enfermidades crônicas.

ANO QUENTE

Ao longo de 2021, as temperaturas na Argentina ficaram acima da média, uma tendência que prevalece pelo 11° ano consecutivo, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional.

Na região da Patagônia, foi o ano mais quente desde que existem registros estatísticos.

A temperatura mais alta do ano foi de 44,5 graus, registrada em Rivadavia, província de Salta, seguida pela cidade de Cipoletti, de Rio Negro, com 43,8 graus.

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Somente nos meses de janeiro, maio e junho houve temperaturas inferiores à média no país. No restante do ano, foi mais quente, com temperaturas extremas em abril e setembro, detalhou o Serviço Meteorológico Nacional.

Temperatura em Buenos Aires deve chegar a 38 graus. Nada como sombra e água fresca (faltou a água). Foto: Pepe Mateos/Agência Télam

SECA

Além do calor, o ano na Argentina foi marcado por chuvas abaixo da média, principalmente na região patagônica.

“Mas, se compararmos com 2020, o ano apresentou um panorama um pouco melhor que o anterior, especialmente no segundo semestre, quando começaram a registrar-se chuvas muito boas na faixa central do país”, adianta o Serviço.

Mas o sul argentino continuou com temperaturas elevadas e chuvas que, de maneira geral, não acumularam nem 200 milímetros em todo o ano (esta quantidade de chuva, normalmente, é registrada em um mês).

A tendência a anos cada vez mais secos, explica o serviço meteorológico, é uma constante desde 2007.

RESPOSTA AOS PROBLEMAS

A nova onda de calor desta semana levou o governo argentino a reunir vários ministérios e organismos para coordenar ações que possam amenizar os riscos provocados pelas altas temperaturas.

No encontro, encabeçado pelo ministro chefe da Casa Civil, Juan Manzur, e ministro de Segurança, Aníbal Fernández, foram analisadas questões como o funcionamento de unidades de terapia intensiva, centros de diálise e de neonatologias, para acompanhar a população mais vulnerável.

Outra preocupação é com o fornecimento de energia e de água, que precisam ter uso racional, e com o risco de incêndios, entre outras questões.

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