Betinho Holler, um militante do esporte em Foz do Iguaçu

Apesar das loucuras da época, a única coisa que fazia a cabeça do Betinho era o esporte. Foi por insistência dele, que seu pai trouxe a primeira “bola pesada” de Foz, em 1962.

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Apesar das loucuras da época, a única coisa que fazia a cabeça do Betinho era o esporte. Foi por insistência dele, que seu pai trouxe a primeira “bola pesada” de Foz, em 1962.

Conheçam alguns “causos” interessantes deste cidadão iguaçuense dos tempos idos e não esquecidos o Sr. Alberto Holler, o Betinho

Um fato incrível sobre os seres humanos é a aptidão que temos de recordar o passado. O que pode ser muito bom, ainda mais se você viveu uma vida que valeu a pena ser vivida.

É o caso do Sr. Betinho Holler…

Ele passou parte da infância na roça, de onde veio o gosto pela natureza. Filho de pioneiros, começou cedo a ajudar no primeiro comércio da família, na região do Rio Tamanduá.

Lá vendiam carne, banha, sorvetes e a famosa aguardente Gaúcha, do Sr. Carlos Welter. Além disso, forneciam marmitas para a mão de obra da construção do Hotel das Cataratas.

Seu pai, o Sr. Roberto Holler, veio da Alemanha para se dedicar à agricultura em 1933. A mãe, a Sra. Clementina Wandscheer, nasceu no Rio Grande do Sul e chegou por aqui em 1927.

Nos anos 50, se mudam para o bairro Boicy, em um terreno que seria desapropriado anos mais tarde pelo prefeito Clovis Cunha Viana, para a duplicação da Av. das Cataratas.


Eram outros tempos! Os jovens se banhavam nas águas límpidas do Rio Boicy. O campinho de terra era palco de “jogos brigados” e ficava onde hoje está a estação da Sanepar.

Usavam uma bola feita de bexiga de boi…

Ao todo, eram seis irmãos. E juntos, cuidavam com dedicação da “Casa Holler”, que vendia de tudo um pouco: Baterias, bicicletas, revólveres, alpargatas, tecidos e armarinhos em geral.

Apesar das loucuras da época, a única coisa que fazia a cabeça do Betinho era o esporte. Foi por insistência dele, que seu pai trouxe a primeira “bola pesada” de Foz, em 1962.

E com essa bola, ele incentivou os primeiros jogos de futsal da cidade, que aconteciam na antiga quadra da Praça da Marinha, com suas inesquecíveis arquibancadas de madeira.

Como fundador da Liga de Futebol de Salão e de Campo, ele lembra: “Nessa época, os times atravessavam os rios de barco, para disputar os torneios na Argentina e no Paraguai”.

E destacou ainda: “As equipes da cidade eram montadas pelos estabelecimentos comerciais, havia o time da Casas Buri, da Oliveira Discos, Frigorífico Eldorado, Hotel Alvorada, etc.”

Não existia muito lazer, então as competições esportivas bombavam! Atualmente, o Futsal é o orgulho da cidade por disputar competições pau-a-pau com o nível nacional.

Corintiano roxo, o Betinho foi um militante do esporte local. Como vereador ou secretário, a sua proposta era pensar no esporte como um grande pilar na formação de cidadãos.

Durante a gestão na Fundação Municipal de Esportes (órgão que criou) os jovens da rede municipal tinham aula de natação no Projeto Peixinho, que atendeu 2500 alunos.

Hoje em dia, ele tem o “cargo” de entregador oficial de troféus da cidade. Por tudo que ele fez não poderia ser diferente, não é mesmo?

Mas como hoje (11/01) é o seu ANIVERSÁRIO, quem merece receber o troféu maior é ele…

Parabéns Betinho, e muita gratidão

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