Educadores(as) da rede estadual definem ações para defender direitos e a escola pública

Professores, pedagogos e funcionários de escola de Foz do Iguaçu e região participaram do encontro.

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Educadores(as) de Foz do Iguaçu e região debateram a conjuntura estadual e nacional e as concepções e práticas sindicais, bem como apontaram frentes e formas de luta, durante o Congresso Regional da APP-Sindicato/Foz, realizado sexta-feira e sábado (8 e 9 de novembro).

A categoria também participou da Assembleia Regional do núcleo sindical, elegendo representantes no Conselho Estadual da APP. Essa instância é a segunda mais importante na organização sindical, abaixo apenas da Assembleia Geral de Professores(as), Pedagogos(as) e Funcionários(as) de Escola.

Na abertura, o Congresso Regional contou com a participação de representantes de entidades sindicais e sociais de Foz do Iguaçu. A professora Sel Guanaes, da Sesunila, Aluizio Palmar, presidente do CDHMP, e Lucas Perucci, dirigente do SindiEdutec, representaram sus organizações no encontro de educadores(as). Também fez parte da mesa a professora Madalena Ames, da direção estadual da APP.

Teses, conjuntura e delegados(as)

A primeira parte da programação do congresso foi destinada à apresentação e debate sobre as teses do Congresso Estadual da APP, que foram discutidas e submetidas a emendas propostas pelos participantes. A apenas os signatários da chapa 2 não compareceram para a exposição do documento.

A tese 1, "Eu tô na luta, sempre! A educação resiste!", foi defendida pela diretora da APP Estadual, Walkiria Olegário Mazeto.

"Rebeldia e resistência: reorganizando a classe trabalhadora contra o capital e seu Estado", a tese 3, da oposição à direção estadual, foi apresentada pelo secretário de Finanças da APP-Sindicato/Foz, Silvio Borges.

Do coletivo APP-Sindicato Independente, Democrática e de Luta, a tese 4, "Para reacender a esperança na luta coletiva!", foi detalhada pelo presidente da APP-Sindicato/Curitiba Norte, Boanerges Zulmires Elias Neto (clique para acessar a tese).

O Congresso Regional da APP-Sindicato/Foz também promoveu um amplo debate sobre a conjuntura estadual e nacional. A avaliação é a de que existe um alinhamento entre os projetos implantados no Paraná, por Ratinho Junior (PSD), e no Brasil, por Jair Bolsonaro (PSL), que seguem uma determinação das forças e governos neoliberais em todo o mundo.

Esses governos têm como prioridade de seus projetos favorecer o capital, destruir direitos, legislações e organizações de luta dos(as) trabalhadores, acabar com o capital nacional e abrir mão da soberania nacional em troca de relações submissas com as grandes potências econômicas mundiais.

Outro componente importante do projeto político implantado no Paraná e no Brasil é a redução dos serviços ofertados para a população, principalmente em educação e saúde, duas áreas que possuem orçamentos contundentes e que despertam a sanha do empresariado em busca de altos lucros.

O Congresso Regional da APP-Sindicato/Foz ainda elegeu os(as) delegados(as) ao Congresso Estadual da APP, que acontecerá em janeiro de 2020, na cidade de Maringá (PR)

2019 ainda não terminou

Durante o congresso e a assembleia regionais da APP-Sindicato/Foz, Cátia Castro alertou a categoria sobre os ataques que poderão ser realizados pelo governador Ratinho Junior ainda neste ano. Conforme a dirigente, a resolução da distribuição de aulas, que está sendo finalizada pelo governo, poderá trazer grandes prejuízos para os(as) educadores(as).

As "maldades de fim de ano", que tiveram suas primeiras edições no governo Richa, poderão incluir a versão estadual da reforma da Previdência e um "pacote" na área educação prevendo o fim do Celem, alteração na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e eliminação do Espanhol das disciplinas obrigatórias.

"Devemos permanecer juntos(as) e atentos(as) para os movimentos do governo Ratinho e seu secretário-empresário, Renato Feder. Não está descartada uma possível assembleia estadual ainda em 2019 caso esses ataques sejam confirmados. Nosso papel agora é seguir, fortalecer a resistência e nossa organização em cada escola", pontuou Cátia Castro.

Depois de elencar vários ataques vindos do governo Ratinho Junior, a dirigente estadual, Walkiria Olegário Mazeto, reforçou a necessidade de resistência da categoria. "Quando olhamos para o conjunto de ataques, não é para nos desestimularmos, mas para entendermos o quadro e reunirmos condições de enfrentá-lo", frisou.

Representantes de base

Na Assembleia Estadual da APP-Sindicato/Foz, realizada depois do congresso, educadores(as) elegeram os(as) representantes de base no Conselho Estadual da APP. A chapa da direção da APP-Sindicato/Foz teve 67% dos votos, indicando três componentes. Com 33% dos votos, a chapa apresentada pela professora Janete Batista indicou um integrante do conselho.

Representantes da APP-Sindicato/Foz no Conselho Estadual:

Titulares: Cátia Castro, Karin Schossler, Edrielton Garcia e Ari Jarczewski

Suplentes: Juliana Ryra, Rejane Maria Savegnago, Alcione José Kôlln e Janete Batista.

Mudança na presidência da APP-Sindicato/Foz

Durante o encontro dos(as) educadores(as) de Foz do Iguaçu e região, Cátia Castro anunciou mudanças na direção da APP-Sindicato/Foz. A partir de novembro, assume a presidência do núcleo sindical o agente educacional Diego Valdez.

Essa alteração, explicou Cátia, deve-se ao compromisso assumido pela atual diretoria durante a última campanha eleitoral da APP. Naquele momento, ficou pactuado o revezamento na presidência entre Cátia e Diego, sendo dois anos para cada um deles como presidente da entidade sindical.

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