Transporte coletivo em Foz entrará em greve, diz sindicato 

Paralisação será pela “falta de pagamento de salários, vale-alimentação e demissões em massa”, de acordo com o Sitrofi. 

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H2FOZ – Paulo Bogler  

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi) emitiu comunicado à população informando que a categoria irá deflagar paralisação a partir das 8h da próxima terça-feira, 30. O documento é assinado pelo presidente do sindicato, Rodrigo Andrade de Souza.  

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De acordo com a entidade, o movimento deverá agregar rodoviários das três empresas do Consórcio Sorriso: Viação Cidade Verde, Expresso Vale do Iguaçu e Transporte Urbano Balan. Os motivos da greve são “falta de pagamento de salários, vale-alimentação e demissões em massa”. 

O Sitrofi afirma ser necessário garantir a integralidade da frota de ônibus a fim de se manter o distanciamento social. A volta dos passageiros para o exercício da função e para “ajudar na higienização dos veículos e na fiscalização do uso correto” de máscara de proteção também é reivindicada.

O sindicato cobra da prefeitura a higienização, com mais frequência, do Terminal de Transporte Urbano (TTU) e dos pontos de ônibus de maior movimento. O Sitrofi enfatiza que não aceita transporte alternativo, “pois este não garante a saúde do passageiro e em nada contribui para o combate ao vírus”.

O Sitrofi inicia seu informativo reproduzindo argumentos patronais para demonstrar o que considera o “colapso” do transporte coletivo em Foz do Iguaçu. A entidade cita queda do número de passageiros que usam ônibus durante a pandemia. 

“Devido à pandemia de covid-19, as empresas alegam que estão com dificuldades para continuar operando o transporte coletivo da cidade. Em fevereiro eram 1,3 milhão de passageiros por mês, hoje não chega a 400 mil passageiros/mês”, diz o informe do sindicato.

Esses números, prossegue o Sitrofi, “demonstram por si só que o sistema entrou em colapso e as autoridades públicas não são capazes de discutir o assunto com a responsabilidade que o momento requer”. A entidade critica o poder público por “não entender que o transporte público é um dos itens primordiais no combate à pandemia”. 

Menos ônibus, mais exposição à covid-19

Conforme o Instituto de Transportes e Trânsito (Foztrans), o Consórcio Sorriso obteve da Justiça liminar para operar com a frota reduzida de ônibus, estimada em cerca de 40%. Com menos ônibus nas linhas, aumenta a lotação e a espera da população no TTU e pontos de embarque, resultando em maior exposição dos usuários ao risco da covid-19.

Informativo divulgado pelo sindicato

 

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