Educar para o presente e para o futuro 

Educador afirma que precisamos formar os nossos jovens utilizando todas as tecnologias disponíveis atualmente.

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Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO

Precisamos formar os nossos jovens utilizando todas as tecnologias disponíveis atualmente. Isso implica que nossos jovens acessem seus celulares nas nossas escolas, sendo devidamente orientados para que os conteúdos possam ser úteis na aprendizagem. 

Mas temos de avançar em questões básicas, a exemplo de escolas de tempo integral, como já existem nos países ricos mundo afora. Sim, assim podemos ampliar a educação usando, por exemplo, laboratórios de física, química e biologia, todos eles por meio das redes sociais já existentes. 

Mais do que isso, devemos também desenvolver habilidades de relações sociais, sensitivas e artísticas. Os nossos alunos, além de aprenderem o conhecimento científico/tecnológico, vão poder desenvolver as suas atividades humanísticas de relacionamento e de criatividade artística, fundamental para poderem bem viver na sociedade do presente e, mais ainda, do futuro. 

Isso também implica uma questão essencial que diz respeito ao salário dos professores, que devem ser de acordo com o desenvolvimento de suas atividades.  Inseridos no sistema capitalista, é impossível pensar e viver nele sem que o trabalho possa ser bem remunerado. 

Se observarmos hoje as opções dos nossos jovens por carreiras universitárias, vamos nos deparar com uma baixíssima procura por cursos de licenciatura, e mesmo de pedagogia, e a razão para isso é o pouco conhecimento sobre esses cursos e a total ausência de motivação decorrente dos baixos salários percebidos pelos professores. 

É impossível pensar a educação sem que os salários dos professores possam ser uma forma de justa remuneração pelos trabalhos executados. Claro, isso é um passo relativamente longo, mas precisa urgentemente ser iniciado sob pena de degradação ainda maior na educação de nossas crianças e jovens, além do que esse é o maior e melhor investimento, em curto espaço de tempo, para o nosso futuro. Assim fez, por exemplo, a Coreia do Sul, que em apenas 15 anos recuperou a sua juventude e hoje colhe os frutos de todo esse trabalho. 

Como no Brasil a educação é uma questão republicana, sendo as suas formas, tanto privadas quanto públicas, é preciso que essa nova atitude possa ser tomada imediatamente, sob pena de que esse possível atraso comprometa todo o nosso futuro próximo. 

José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.

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