Choro é atração da agenda cultural noturna desta terça em Foz do Iguaçu

O grupo Chorando em Guarani leva o gênero musical genuinamente brazuca ao palco do Zeppelin Old Bar.

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O grupo Chorando em Guarani leva o gênero musical genuinamente brazuca ao palco do Zeppelin Old Bar.

Gênero musical que está na alma da cultura musical brasileira, o chorinho será atração do Zeppelin Old Bar na noite desta terça-feira, 26. O grupo iguaçuenses Chorando em Guarani brindará o público com as grandes composições do estilo.

O repertório vai de choros da primeira geração, como os do mestre Pixinguinha, e avança com Jacob do Bandolim. Chega à terceira onda de compositores, da qual fazem parte Paulinho da Viola e K-Ximbinho, entre tantos outros.

O Chorando em Guarani é formado pelos músicos Fábio Del Antonio (flauta e sax), Amauri Copetti (bateria e percussão), Anderson Telles (cavaquinho) e Jaime André Schlogel “Pingo” (violão de sete cordas). No palco do Zeppelin, o show valoriza a diversidade musical da fronteira.

“É bom escutar o chorinho porque é genuinamente brasileiro, muito bonito, harmonioso, melódico e rítmico”, convida “Pingo”. “Traz em seus temas histórias de união de culturas e resistência. Expressa a identidade do brasileiro como um todo”, sublinha.

O choro está para a música brasileira como o jazz relaciona-se à canção estadunidense, prossegue. “Possuem histórias muito parecidas e nasceram quase na mesma época. O Pixinguinha, por exemplo, tem temas no início do século passado. Mas o que mais liga os ritmos é a possibilidade para improvisação”, frisa “Pingo”.

Choro veio antes

Os gêneros jazz e choro têm formações muito parecidas, compara Fábio Del Antonio. São partituras europeias derivadas da Belle Époque francesa, em meados da segunda metade do século 19, que chegam às Américas e são executados basicamente por músicos negros.

“Nos Estados Unidos, esses músicos incluem o que tinha de mais deles, que sãos as canções de trabalho, spirituals, entre outras”, explica. “No Brasil, acontece o mesmo, mas aqui a gente vai ter um Pixinguinha, que junta ao clássico uma suingada, uma brasilidade que vem dos ritmos africanos”, destaca.

“Porém, o jazz surge na década de 1920. Já a primeira aparição da palavra choro é de 1870”, resgata. “Então, o certo, pela idade e pela origem, é dizer que o jazz americano [dos Estados Unidos] é o choro brasileiro, não o contrário”, defende Fábio Del Antonio.

Chorando em Guarani

Chorando em Guarani é formado por músicos iguaçuenses unidos pelo sonho de tocar a sonoridade brasileira, misturando o tempero da fronteira trinacional. Foi criado em 2006 e segue a experiência “regional”, da tradição de grupos de violões, cavaquinhos e flautas do final do século 19.

Já fez apresentação em praças pública, bares e eventos culturais da cidade, e também precisou adaptar o seu fazer artísticos em tempos de pandemia, produzindo e apresentando live comemorativa ao dia do choro. O grupo é autor do trabalho “Ensaio Aberto”.

A ideia é compartilhar – no sentido de popularizar, tanto quanto for possível – o chorinho entre públicos de diferentes experiências musicais. “A intenção é fazer soar os grandes compositores brasileiros, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Cartola e Paulinho da Viola, dentre tantos outros, para os cidadãos e turistas de Foz do Iguaçu”, informa a apresentação do Chorando em Guarani.

Show Chorando em Guarani
Data: 26 de julho (terça-feira)
Local: Zeppelin Old Bar (Rua Major Raul de Matos, 222, Vila Yolanda)
Mais informações: facebook.com/ZeppelinFoz

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