Uma daquelas reivindicações da comunidade em que, entra governo e sai governo, a promessa é refeita, a construção de um novo teatro para Foz do Iguaçu foi uma das principais cobranças da comunidade durante audiência pública na Câmara de Vereadores. A plenária, nesta quarta-feira, 2, reuniu artistas, realizadores culturais e agentes públicos.
Hoje, a cidade dispõe apenas de um equipamento cênico, o Teatro Otília Schimmelpfeng, o Barracão, na Praça da Bíblia, inaugurado nos anos 1990 por meio de um projeto do Governo do Estado que construiu espaços semelhantes em várias cidades. É gerido, sob cessão do município, por uma associação cultural.
Proponente da audiência, a vereadora Valentina Rocha (PT) disse que as ações governamentais devem valorizar quem produz. “Precisamos virar uma página na cultura de Foz, temos muitos artistas qualificados que não têm a remuneração e valorização apropriadas. Estamos falando em 30 anos de atraso, de promessas.”
Presente à audiência, o diretor-presidente da Fundação Cultural, Dalmont Benites, disse que Foz do Iguaçu terá um novo teatro, posicionando-se sobre uma das pautas em debate. “Construiremos juntos com a classe artística e toda a comunidade iguaçuense, pensando a melhor forma de como será utilizado e quem serão os protagonistas”, frisou.
Um dos expositores, o músico, compositor e pesquisador Spartaco Avelar chamou atenção para a relação da profissão com a remuneração adequada. “A maioria da população entende que a atuação musical é diversão e não trabalho. Porém, a música é sim um trabalho digno e sério, que sustenta muitas famílias”, apontou.
Em direção similar, a produtora cultural Vivien de Lima cobrou políticas públicas eficazes. “Cultura é trabalho, envolve artistas, técnicos, gestores, figurinistas, sonoplastas, arte-educadores e tantos outros profissionais, e temos muitos deles. Aqui em Foz do Iguaçu, onde a diversidade cultural acontece todos os dias, pouco é visto, porque não temos espaço suficiente, pouco orçamento e nem estrutura adequada.”
Cultura e novo teatro
Vice-reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Rodne de Oliveira Lima afirmou que a comunidade universitária se soma à pauta da construção de um teatro municipal. “Compreendemos a relevância desse equipamento público para a cidade, o setor cultural, a formação de pessoas, e acreditamos que a sua edificação no município de Foz será positivo em vários aspectos para o seu futuro”, argumentou.
O pedido de construção do teatro seguiu com o professor universitário Conrado Sotomaior Justus de Souza Machado. “Todas as cidades do mesmo porte, e algumas até menores, têm um teatro municipal. É uma vergonha que uma cidade como Foz, uma das mais importantes turisticamente do país, ainda não tenha”, asseverou.
Realizador audiovisual, Vitor Aparecido de Souza relacionou desenvolvimento da cidade com democratização da cultura e construção de um teatro. “É necessário que o artista tenha um espaço para sua alma se mostrar. Ter um teatro não é apenas uma questão de gestão pública e econômica, mas sim para o engrandecimento de um povo”, disse.
(Com informações da Câmara Municipal)
Temos cidades nesse brasilsao de meu Deus, bem menor que Foz e já possui seu teatro, não são teatros pequenos não, só espero que façam um bom projeto, com estacionamento, lugar acessível para o usuário. Temos exemplo de elefantes brancos construídos na city em lugares totalmente desfavoráveis. Se um comércio 80% da sua localização vai depender do seu sucesso, um empreendimento desses também tem que ser bem elaborado.