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Obra parada: Avenida JK travou em trecho perto do terminal e no viaduto

Prefeitura afirma que paralisação é temporária, para ajustes no projeto, o qual previa conclusão em maio; aditivo reajustou valor para R$ 25,9 milhões.

6 min de leitura
Obra parada: Avenida JK travou em trecho perto do terminal e no viaduto
Trecho onde pararam as obras da Avenida Jk - foto: Marcos Labanca/H2FOZ
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Obra em uma das principais vias do sistema de mobilidade de Foz do Iguaçu, a revitalização da Avenida Juscelino Kubitschek está parada próximo ao terminal de ônibus e no viaduto da BR-277. O prazo de conclusão do serviço era 29 de maio.

Leitor sugeriu a pauta sobre a paralisação dos serviços — o H2FOZ mantém a seção Diga Aí!, que acolhe indicações de matérias repassadas pela comunidade. A prefeitura afirma que a paralisação é temporária, para ajustes na planilha orçamentária e no projeto (veja abaixo).

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Foi firmado aditivo de serviços em dezembro de 2024, conforme a gestão municipal. Se não foi terminada ainda, porém, a obra teve o preço majorado, de R$ 23,6 milhões para R$ 25,9 milhões — reajuste de 9,75%. O valor pago até o momento é R$ 22,1 milhões, de acordo com a municipalidade.

Finalizada a análise orçamentária, um novo aditivo deverá ser firmado. E neste mês foram alterados os prazos de execução do serviço e a vigência contratual, para outubro e dezembro de 2025, respectivamente.

Estrutura danificada antes da entrega do serviço – foto: Marcos Labanca

Entre as pendências atuais, a continuidade da ciclovia, serviços de iluminação e paisagismo, bem como a revitalização do canteiro central. Faltam ainda a interligação da ciclovia entre o viaduto da BR-277 e a Avenida Tancredo Neves, a reconstrução de um trecho da rede subterrânea na rodovia e a requalificação da terceira pista da Avenida JK.

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Transtorno na conexão entre a JK e a Tancredo Neves – foto: Marcos Labanca

Além da ausência dos serviços, a reportagem constatou restos de materiais usados na obra, duas placas de sinalização jogadas no canteiro junto às árvores e partes danificadas da calçada e meio-fio próximo ao viaduto. E reclamações de quem usa bicicleta.

Saindo do bairro São Sebastião, o frentista Ronaldo Morgado (60) utiliza a ciclovia diariamente para chegar ao trabalho e para ir ao centro. Ele enfrenta transtornos em dois trechos devido à inclusão da obra.

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Isso porque falta a interligação da ciclovia entre o viaduto da BR-277 e a Avenida Tancredo Neves. E, na outra ponta, para o centro, a ciclovia da Avenida JK estacionou pouco antes do terminal. Daí em diante, bicicletas passam a dividir com pedestres um pavimento estreito.

Ronaldo Morgado usa a via inconcluída duas vezes por dia: “Está péssimo” – foto: Marcos Labanca

“Está péssimo. Em dias de chuva, não dá para passar aqui nem empurrando a bicicleta, por causa do barro. Tenho que usar a avenida. Quase fui atropelado duas vezes”, reportou, sobre o trecho que precisa ser refeito, acima do viaduto da BR-277.

O vendedor Airton Macedo (68) vai e volta da Ceasa, onde trabalha, em expediente que começa de madrugada, às 2h30. Ele pediu a conclusão da ciclovia da Avenida JK e sugeriu sua ampliação pela Avenida República Argentina, o que ampliaria as possibilidades de mobilidade na região, frisou.

“A calçada é para pedestre, não para quem usa bicicleta”, disse. “Está fácil terminar essa obra. Enquanto isso não acontece, nos arriscamos onde não há a ciclovia, o que também é ruim para motoristas de veículos”, opinou.

Obra da Avenida Juscelino Kubitschek está parada em trecho perto do terminal
Perto do centro, ciclistas precisam seguir pelas calçadas – foto: Marcos Labanca

Do valor inicial da obra, R$ 23, 6 milhões, a Itaipu Binacional arcou com a grande parte dos recursos, destinando R$ 22 milhões à revitalização da Avenida JK. A obra é executada mediante convênio, em que a usina não é responsável pela execução ou aplicação do recurso.

Outro lado

A prefeitura informou, via Secretaria Municipal de Obras, que a paralisação das obras da Avenida Juscelino Kubitschek é temporária. O motivo, além de ajuste na planilha orçamentária, são mudanças no projeto entre o terminal e a Avenida Jorge Schimmelpfeng.

Em relação a restos de materiais da construção, a administração mencionou que a empresa responsável pela obra já foi notificada a fazer a limpeza. A estrutura danificada será consertada antes da conclusão dos serviços, complementou a gestão.

Íntegra da nota do município:

A Secretaria Municipal de Obras esclarece que a paralisação temporária da obra de revitalização da Avenida Juscelino Kubitschek se deve à necessidade de revisão e readequação da planilha orçamentária e alterações no projeto do trecho entre o Terminal de Transporte Urbano e a Avenida Jorge Schimmelpfeng.

Entre elas, a redução da interferência nas árvores de grande porte devido à largura limitada do canteiro central, alterações na área da terceira pista e inclusão da execução de rede de energia elétrica subterrânea em um trecho de aproximadamente 175 metros no viaduto da BR-277, suprimido para execução das galerias pluviais.
Atualmente, está sendo finalizada a revisão do projeto e da planilha orçamentária, para que então sejam retomadas as atividades e concluída a revitalização.

Foi firmado aditivo de serviços em dezembro de 2024. O valor da obra foi reajustado para R$ 25.985.466,32. Também foi formalizado aditivo de prazo de execução e vigência contratual em agosto deste ano, sendo o novo prazo até outubro de 2025, com vigência até dezembro de 2025. O valor pago até o momento foi de R$ 22.155.843,75. Assim que finalizada a análise orçamentária, um novo aditivo será firmado.

Serviços previstos entre TTU e Av. Jorge Schimmelpfeng

  • Implantação da ciclovia, iluminação e revitalização do canteiro central no trecho entre a Avenida República Argentina e a Rua Quintino Bocaiúva e pintura de ciclofaixa a partir da terceira pista da JK, passando pela Praça da Paz e fazendo a interligação com as ciclofaixas da Avenida Jorge Schimmelpfeng;
  • Requalificação da terceira pista da Avenida JK, com a revitalização dos canteiros, paisagismo, iluminação e mobiliário urbano, e execução de dois novos pontos de ônibus;
  • Execução da interligação da ciclovia entre o viaduto da BR-277 e a Avenida Tancredo Neves, incluindo a reconstrução de um trecho da rede subterrânea da Copel;

Finalização da obra

A remoção de resíduos e materiais excedentes faz parte das ações de limpeza e finalização da obra e será realizada conforme cronograma de encerramento dos serviços e vistoria final. Nos trechos já concluídos, a empresa contratada já foi notificada a fazer a limpeza, que será executada assim que as obras forem retomadas.
Os elementos de urbanização danificados serão restaurados pela empresa contratada antes da entrega da obra, durante a etapa de recomposição e acabamento.

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Paulo Bogler

Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.

1 comentário em “Obra parada: Avenida JK travou em trecho perto do terminal e no viaduto”

  1. Fernando Pascottini

    Já tinha feito este comentario no passado e agora está novamente na pauta: Eu como morador antigo de Foz do Iguaçu, estou muito preocupado com o andamento das melhorias na avenida Juscelino Kubitschek, no referente a derrubada de árvores do passeio central. Na esquina com a rua Martins Pena (frente ao Muffato) eles derrubaram sem motivo 5 árvores, sendo 2 grandes e 3 menores, eles poderiam ter poupado a maiores e só cortarem as menores, que a ciclovia poderia passar sem problemas. Falta ainda uma quadra até chegar ao Terminal Urbano, nesse trecho tem umas 20 árvores grandes, veremos quantas vão ser cortadas. Mas o mais preocupante é que a partir da avenida República Argentina eles entrarão no centro, e até a Praça da Paz o canteiro central é muito estreito e possui várias centenas de árvores antigas no meio dele, será que vão derrubar e arrasar com tudo em pró da ciclovia? A cidade já é famosa por ser uma das mais quentes do Brasil e as árvores, com sua sombra, ajudam a amenizar o sacrifício de andar pelas ruas de dia. Será que a prefeitura será conivente com esse desmatamento? Será que assistiremos calados a uma verdadeira catástrofe ecológica?

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