O Diário Oficial do Município (DOM) dessa quarta-feira, 22, traz exoneração que impacta o chamado “núcleo duro” da gestão do prefeito Joaquim Silva e Luna (PL). É a segunda demissão em secretarias estratégicas em menos de um mês.
O secretário-executivo do Gabinete do Prefeito, coronel Jorge Ricardo Áureo, foi exonerado, a pedido, conforme a publicação no DOM. A saída da administração irá vigorar a partir desta sexta-feira, 24.
Cargo no gabinete
O cargo foi criado para ter atuação direta junto ao gabinete. Além de assessoramento e coordenação das ações que envolvem o prefeito, a função tem “como ponto central de comunicação entre a administração municipal, a população e outros órgãos governamentais”.
Áureo era considerado “homem forte” do grupo político do prefeito. Acompanha Silva e Luna desde a sua passagem pela Itaipu Binacional, atuou diretamente na campanha eleitoral para a prefeitura, em 2024, e coordenou a transição de governo.
Quarta exoneração
Antes de Áureo, no fim de setembro, João Zisman anunciou a saída do cargo de secretário de Comunicação Social e Relações Institucionais. Em menos de dez meses de governo, quatro secretários foram exonerados — a lista inclui mudanças, no primeiro semetre, nas secretarias de Meio Ambiente e da Mulher.
Nova composição
A mesma edição do Diário Oficial apresenta a mudança de função do general Eduardo Castanheira Garrido Alves, que deixa a Secretaria Municipal de Finanças e Orçamento para ocupar a Secretaria Executiva, a qual o coronel Áureo vinha ocupando.
E Magda Odette Trindade, diretora de Receitas de Bens e Serviços, responde cumulativa e interinamente pela Secretaria de Finanças e Orçamento.
No andar de baixo, Silva e Luna nomeou Julie Anne da Silva Cabral diretora de Relações Institucionais, subordinada à Secretaria Municipal de Comunicação e Relações Institucionais.
Cobrança no governo e G9 na Câmara
Recentemente, o prefeito Silva e Luna reuniu secretários, diretores e principais assessores para pedir empenho e entrega de resultados à população. Enquanto isso, na Câmara de Vereadores, o mandatário assiste à desintegração da uma base de sustentação política que era coesa, com a criação de um bloco de nove parlamentares, o qual reúne oposição, independentes e descontentes eventuais com a administração, o G9.
Os porta-vozes do G9 dizem que o grupo não é de oposição ao prefeito, prometendo atuar com independência e exercer a fiscalização, que não são mais nem menos do que prerrogativas pactuadas pelo vereador com o eleitorado. E encampar projetos em favor de Foz do Iguaçu.
Assim, a configuração do Legislativo é de seis vereadores integrando a bancada de sustentação política de Silva e Luna, diante de outros nove que afirmam movimentar-se sem atrelamento.




