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Em reunião com prefeitos dos municípios lindeiros ao lago de Itaipu, em Santa Helena, o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, reafirmou a continuidade do pagamento dos royalties pela produção de energia da hidrelétrica binacional, bem como a manutenção das parcerias com as cidades que cederam terras para a formação do reservatório.
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As declarações foram dadas durante assembleia do Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros ao Lago de Itaipu (Lindeiros), tendo como pano de fundo os 50 anos da assinatura do Tratado de Itaipu e a necessidade de renegociar, com o Paraguai, o Anexo C do documento, que define as bases financeiras para o funcionamento da usina.
“As negociações sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu envolvem somente a parte financeira do documento. A manutenção dos royalties, que são um instrumento importante para a região, não está em discussão”, explicou Verri, conforme material distribuído à imprensa pela assessoria de Itaipu.
“Todos os projetos em andamento serão continuados, e estamos abertos para ouvir os lindeiros sobre ações que estão na missão da Itaipu, com foco ambiental e social. O objetivo é melhorar ainda mais a qualidade de vida da população ao nosso redor”, reforçou o diretor brasileiro, que está no cargo desde a segunda quinzena de março.
A respeito, Evandro Grade, prefeito de Santa Helena e presidente do conselho, afirmou que “Itaipu é fundamental para os municípios da região. Queremos construir um relacionamento para gerar muitos frutos à nossa população […] Estamos à disposição para colocar em prática os projetos que são prioridades para Itaipu na região”.
Para a formação do lago de Itaipu, 16 municípios brasileiros tiveram terras inundadas, sendo 15 no Paraná (Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Diamante D’Oeste, Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Mercedes, Terra Roxa e Guaíra) e um no Mato Grosso do Sul (Mundo Novo).
Tais municípios recebem royalties (compensações) proporcionais ao território afetado, com destaque para Foz do Iguaçu, Santa Helena e Itaipulândia, que ficam com os três maiores valores. Já Guaíra recebe uma compensação adicional devido à perda das Sete Quedas, principal atrativo turístico do município até o ano de 1982. No Paraguai, a distribuição de royalties segue outros critérios.
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