Vacinas Coronavac e de Oxford são aprovadas pela Anvisa; enfermeira é a primeira vacinada no Brasil

Liberação para uso emergencial foi por unanimidade. Imunizantes são os primeiros autorizados no Brasil.

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Liberação para uso emergencial foi por unanimidade. Imunizantes são os primeiros autorizados para uso no país.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na tarde deste domingo, 17, a autorização temporária para o uso emergencial das vacinas Coronavac e de Oxford, por unanimidade. A primeira é desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O segundo imunizante é da AstraZeneca, juntamente com a Fundação Osvaldo Cruz (/Fiocruz).

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Segundo a equipe da agência sanitária, a Coronavac tem eficácia de 50,4%. Em relação ao imunizante de Oxford, esse índice é de 70,42%.

Em comunicado no site, a Anvisa informou que as duas instituições deverão continuar os “estudos e a geração de dados para permitir o registro sanitário”. Precisarão, também, fazer o monitoramento da segurança das vacinas, fundamental para garantir que os benefícios continuem a superar os riscos para as pessoas que recebem vacinas contra Covid-19”, informou.

A autorização da Coronavac foi condicionada à assinatura de um termo de compromisso, que deverá ser publicado no órgão oficial. Esse documento determina que, até o dia 28 de fevereiro, “seja realizada e apresentada à Anvisa a complementação dos estudos de imunogenicidade, conforme aprovado no desenho de estudo clínico fase III da vacina”.

Trata-se da “capacidade, por exemplo, de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença”, explicou a Anvisa. O dado complementará as informações sobre a imunidade dos voluntários que receberam a vacina na terceira fase de testes. “O dado é imprescindível para que se possa concluir a duração da resposta imunológica nos indivíduos vacinados”.

Primeira vacinanada 

Logo após a autorização da Anvisa, a enfermeira Mônica Calazans, de São Paulo, foi a primeira pessoa a receber a vacina contra a covid-19 no Brasil. Ela tem 54 anos e com perfil de alto risco para a doença, mas ainda assim não deixou de trabalhar nos hospitais para salvar vidas.

“Não é apenas uma vacina. É o recomeço de uma vida que pode ser justa, sem preconceitos e com garantia de que todos nós teremos as mesmas condições de viver dignamente, com saúde e bem-estar”, afirmou a enfermeira, à agência estadual de notícias de São Paulo.

Processo

Segundo a Anvisa, a autorização de uso emergencial “avalia a adequação das candidatas a vacinas contra covid-19 para a utilização durante a atual emergência em saúde pública, de modo a minimizar, o mais rápido possível, os impactos da pandemia”. “Não foi concedido ainda o registro sanitário”, enfatizou o órgõa. .

Butantan e Fiocruz devem informar para a Anvisa outros dados, recomendações ou orientações eventuais “que sejam elaborados ou que cheguem a seu conhecimento e tenham relevância para a contínua avaliação do perfil de benefício e risco das vacinas, bem como para a segurança e suas condições de uso”, pontuou a agência.

(Com informações da Anvisa e Agência de Notícias de São Paulo)

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