A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira, 2, em Foz do Iguaçu, um peruano acusado de armazenar, disponibilizar e vender vídeos com cenas de abuso sexual infantojuvenil em sites hospedados na deepweb.
Segundo a PF, o investigado, que veio morar em Foz do Iguaçu, utilizava inúmeras carteiras de criptoativos para movimentar os recursos decorrentes das vendas. Em razão disso, também foi determinado o bloqueio de ativos financeiros dele.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão preventiva e ordem de busca e apreensão, foram encontrados arquivos com registros de abuso infantojuvenil em aparelhos pertencentes ao alvo da operação, denominada Capococha.
Por isso, o suspeito foi autuado em flagrante delito, cujo termo foi lavrado na Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
Investigação envolveu policiais estrangeiros
O crime foi investigado por meio de cooperação da Polícia Federal com agentes internacionais.
Colaboraram notadamente a agência norte-americana Homeland Security Investigations (HIS) — Agência de Investigação de Segurança Interna — e a alemã Bayerisches Landeskriminalamt (BLKA) — Departamento de Polícia Criminal do Estado da Baviera.
Os mandados foram expedidos pela 3.ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, no âmbito de inquérito que apura a prática dos crimes tipificados nos artigos 241, 241-A e 241-B, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente.
A operação foi batizada de Capococha, que tem relação com um ritual então praticado no império Inca, voltado ao sacrifício de crianças em ocasiões especiais.
O nome ainda faz referência à nacionalidade do investigado, que é peruana, e também alusão à exposição de crianças em situações degradantes.
Segundo a PF, a ação reforça o compromisso das instituições de proteção dos direitos da criança e do adolescente e o combate firme a crimes de exploração sexual infantojuvenil.
(Com informações da assessoria de comunicação)