Tiroteio em festival no Paraguai mata duas pessoas e fere cinco

Alvo dos criminosos eram traficantes, mas uma das vítimas foi modelo e influencer paraguaia.

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Alvo dos criminosos eram traficantes, mas uma das vítimas foi modelo e influencer paraguaia.

O ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio, convocou uma reunião de emergência, nesta segunda-feira, com os chefes da Polícia Nacional, para avaliar o atentado no festival de música Ja’umina Fest de San Bernardino, cidade a 48 km de Assunção.

Um tiroteio, no domingo à noite, provocou a morte de duas pessoas e deixou cinco feridas. Por enquanto, a informação extra-oficial é que o objetivo dos assassinos seria um traficante, conforme o jornal Última Hora, mas esta é somente uma versão do que pode ter acontecido.

Morreram no tiroteio Marcos Rojas Mora, que queria o alvo dos assassinos, e a modelo e influencer digital Cristina Vita Aranda, que seria uma vítima colateral. Ela estava no festival junto com o marido, o jogador Iván Torres, e levou um tiro na cabeça. Ela tinha três filhos.

Foram feridos José Ruiz, Daniela Barrientos, Sadi Bonzi e Marcelo Montegia, todos já fora de perigo, e José Luis Bogado Quevedo, que está na UTI de um hospital.

Festival foi suspenso. Organizadores dizem que prioridade é colaborar com as autoriddes.

PROCURADO NO BRASIL

Bogado Quevedo, de acordo com dados preliminares levantados pelo jornal Última Hora, poderia até mesmo ser o alvo principal dos criminosos que provocaram o tiroteio no festival.

Como ele conta com antecedentes criminais e até com pedido de extradição emitido por autoridades do Brasil, agentes da Força de Operações Policiais Especiais do Paraguai estão montando guarda permanente.

O chefe do Departamento de Homicídios da Polícia Nacional, Hugo Grance, em entrevista à rádio Monumental 1080AM, disse que os outros hospitais onde estão os feridos também estão sendo vigiados pela polícia.

Grance disse que Bogado Quevedo é procurado no Brasil por supostamente liderar uma quadrilha armada que se dedica ao tráfico internacional de drogas e armas.

Sobre o atentado, o chefe de Homicídios disse também que não descarta cumplicidade da polícia.

Muitos presentes criticaram a falta de controle policial na entrada do festival, onde sequer era exigido o comprovante de vacinação, obrigatório para este tipo de atividade.

O subcomandante da Polícia Nacional, Gilberto Fleitas, reconheceu que um trabalho de inteligência poderia ter evitando a presença de supostos traficantes no anfiteatro onde ocorreu o festival de música, que seriam os alvos do tiroteio de domingo à noite, noticia o jornal ABC Color.

Gilberto Fleitas afirmou que, por ele, será necessário “cortar cabeças”.

“Temos que cortar cabeças nestes casos, não importa de quem. A Polícia com o Ministério Público vão atuar com toda a força no sentido de gerar respeito e para que estas pessoas não cheguem a estes locais e para que não ocorra este tipo de casos”, disse.

BRASILEIROS

O jornal informa também que o ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, revelou na manhã desta segunda-feira que a Polícia Nacional já tinha informação de inteligência sobre a presença de “fronteiriços” (brasileiros da região de fronteira) na zona de San Bernardino, e que estes pretendiam instalar-se numa moradia.

Mas Gilberto Fleitas desmentiu Giuzzio, dizendo que não contavam com esta informação até a noite de domingo, o que agora está sendo investigado pela polícia.

Segundo ele, não é a primeira vez que há registros da presença de brasileiros suspeitos em Assunção e arredores. Afirmou que a polícia interveiuo em alguns casos, mas em outros não houve procedimentos porque os identificados não contavam com antecedentes no Paraguai.

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