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Tráfico de pessoas: jovem paraguaia é resgatada no município de Missal

Mulher estava em situação de vulnerabilidade; polícia investiga possível crime de tráfico de pessoas

2 min de leitura
Tráfico de pessoas: jovem paraguaia é resgatada no município de Missal
O contato com autoridades brasileiras foi realizado via Comando Tripartite. Foto: PF

Uma jovem paraguaia de 20 anos foi resgatada pela Polícia Federal (PF) em uma área rural de Missal, a cerca de 70 quilômetros de Foz do Iguaçu, na sexta-feira, 14. Ela foi encontrada após uma solicitação urgente feita por autoridades argentinas da Unidade Fiscal de Rosário, na província de Santa Fé.

O contato com autoridades brasileiras foi realizado via Comando Tripartite, pelo qual foi pedido apoio investigativo no Brasil para encontrar a jovem.

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De acordo com a PF, a investigação indica possível crime de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual.

Informações iniciais apontavam que a vítima, oriunda do Paraguai, estaria em Missal, onde exerceria prostituição em condições vulneráveis.

Dívida de R$ 500

Durante as diligências, a PF apurou que a mulher, que utilizava o nome “Luana”, tinha problemas mentais. Ela estava sob custódia de um tutor até os 21 anos e havia contraído uma dívida estimada em aproximadamente R$ 500 com a casa onde trabalhava.

Ao confirmar a localização da jovem e a situação de risco, equipes da Polícia Federal realizaram o resgate e conduziram a vítima à delegacia do órgão em Foz do Iguaçu, onde ela recebeu acolhimento.

As autoridades argentinas foram imediatamente comunicadas para recebê-la na fronteira, pelo fato de a jovem ter residência fixa na Argentina. O caso integra um processo criminal em andamento no país vizinho que apura tráfico de pessoas, conforme o artigo 145 da Lei 26.842.

No Brasil, a investigação segue sob o enquadramento do Artigo 149-A do Código Penal, que prevê pena de quatro a oito anos de reclusão e multa para o crime de tráfico de pessoas.

A PF também apura qualificadoras previstas no §1º, como submissão da vítima a condições degradantes e sua situação de vulnerabilidade agravada.

(Com informações da assessoria da PF)

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    Denise Paro

    Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br