Cepa da dengue mais disseminada no mundo é detectada no Brasil pela Fiocruz

Preocupação dos pesquisadores é pela possibilidade de proliferação mais rápida dessa linhagem.

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Preocupação dos pesquisadores é pela possibilidade de proliferação mais rápida dessa linhagem.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou que pesquisadores encontraram, pela primeira vez no Brasil, linhagem da dengue que é a mais comum no mundo, o genótipo cosmopolita do sorotipo 2 do vírus da doença. Essa cepa está presente na Ásia, no Oriente Médio e na África.

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A detecção desse genótipo da dengue foi em Aparecida de Goiânia (GO), em fevereiro, a partir de uma amostra de um caso de dengue do final de novembro do ano passado, informou a fundação. A preocupação dos pesquisadores é pelo risco de essa cepa proliferar-se de forma mais rápida.

“A chegada dessa cepa ao Brasil preocupa, porque existe a possibilidade de ela se disseminar de forma mais eficiente do que a linhagem asiático-americana, também conhecida como genótipo 3 do sorotipo 2, que atualmente circula no país”, reporta a Fiocruz. “O quadro global indica que a linhagem cosmopolita tem capacidade de se espalhar facilmente”, completa.

O coordenador da pesquisa, Luiz Carlos Júnior Alcantara, afirma que ainda não é possível saber como será a expansão desse genótipo da dengue no país. “Mundialmente, ele é muito mais distribuído e causa mais casos do que o genótipo asiático-americano”, aponta o cientista da Fiocruz.

O vírus da dengue possui quatro sorotipos, nomeados de 1, 2, 3 e 4, explica a fundação de pesquisa. Cada um deles “pode ser subdividido em diferentes genótipos (também chamados de linhagens), devido à presença de variações genéticas. O genótipo cosmopolita é uma das seis linhagens do sorotipo 2 do patógeno”, expõe.

Reforço de ações

A Fiocruz reforça as ações de combate à dengue, entre elas a eliminação de depósitos de água parada, usados como criadouros pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A vigilância genômica deve ser intensificada a fim de “mapear a possível circulação da linhagem cosmopolita e compreender melhor as rotas de introdução do vírus no país”, destaca a Fiocruz.

Acesse aqui a estratégia 10 Minutos contra o Aedes aegypti, da Fiocruz.

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