Ato de solidariedade ao povo palestino acontece neste domingo, 5, às 11h, na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu. A organização convida toda a comunidade, pessoas de diferentes origens e crenças, a fim de conjugar paz e direitos humanos, com a preservação da vida.
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Os promotores da mobilização dizem que será um chamado à consciência coletiva, devido à realidade enfrentada por milhares de famílias palestinas, as quais estão “privadas de acesso a serviços básicos e expostas a ataques constantes”.
O ato em Foz do Iguaçu, cidade que reúne uma das maiores comunidades árabes do Brasil, pretende evidenciar a crise humanitária imposta em Gaza. E denunciar as violações de direitos humanos dos palestinos.
“É uma questão de humanidade. Ficar em silêncio diante do sofrimento de um povo é se tornar cúmplice da injustiça”, completa a organização. Os participantes podem levar bandeiras, cartazes, velas e mensagens de paz.
Situação “caótica”
A situação enfrentada pelos palestinos em Gaza é descrita como “caótica” pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de ataques e bombardeios, estão sob ordens de deslocamento forçado e sem acesso adequado a alimentos, água e saúde.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, conforme autoridades de saúde palestinas, são mais de 65 mil mortos e 165 mil pessoas feridas da população de Gaza. Os números podem ser ainda mais elevados, conforme instituições internacionais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 42 mil pessoas sofreram ferimentos com consequências para toda a vida. Os danos permanentes representam um quarto de todas as lesões relatadas, de um total de 167.376. Mais de cinco mil pessoas passaram por amputação.
Há outras lesões graves também generalizadas, conforme a OMS, sendo:
- 22 mil ferimentos em braços e pernas;
- 2 mil lesões na medula espinhal e 1,3 mil no cérebro;
- 3,3 mil queimaduras sérias.
A ONU relata que 14 dos 36 hospitais de Gaza permanecem parcialmente funcionais. Para piorar, o frio, com a chegada do inverno, pode agravar o quadro de saúde, especialmente em crianças e idosos.
O número de deslocados em Gaza é estimado em aproximadamente 400 mil. O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, cita que apenas cerca de 18% da Faixa de Gaza não está sujeita a ordens de deslocamento ou localizada dentro de zonas militarizadas.
