O lançamento do livro Ouvi dizer que tenho paralisia cerebral ocorreu nessa sexta-feira. Trata-se de uma forma lúdica e inteligente de explicar a condição às crianças com ou sem a deficiência, e também aos pais.
A fisioterapeuta neurofuncional Marcia Borges é a autora. Em entrevista ao portal H2FOZ, ela contou que escreveu o livro em apenas uma tarde. “Eu já vinha me planejando há 15 anos, mas o processo de escrever foi bem rápido”, confirmou.
Borges percebeu que ainda existe pouca visibilidade sobre o tema. “A gente vê bastante livro sobre autismo, sobre síndrome de Down, mas as crianças com paralisia cerebral continuavam sem representatividade”, explicou. Muitas vezes, são vistas como crianças em cadeiras de roda ou que têm dificuldade de comunicar-se sem que haja um entendimento verdadeiro da condição delas.
Além de uma forma de acolhimento e representatividade, o livro funciona como um informativo para os pais. A linguagem é bastante acessível e ensina sobre a condição e como os tratamentos funcionam. Para Borges, quando os pais e filhos entendem bem a condição, o engajamento no tratamento é maior.

Na obra, o personagem principal é o Luck, que foi inspirado em uma criança real, o Calebe. Depois de ter nascido prematuro, o diagnóstico dele chegou aos 5 meses de idade. Hoje em dia, com 2 anos, ainda passa por certas dificuldades na terapia, mas entende o que está acontecendo.
A mãe, Ana Claudia Hoff Acosta, relatou que conviver com a condição é uma luta de cada dia, porém que o filho tem evoluído bastante. Ter o rosto de Calebe estampado no livro é “uma emoção muito grande e também é muito gratificante”, disse.
A publicação já está disponível para venda nos principais sites de compras on-line. Mais informações podem ser adquiridas por meio do instagram: @neuro_marciaborges.