O senador da província de Misiones, Martín Goerling, voltou a cobrar do chefe de gabinete do presidente Javier Milei, Guillermo Francos, providências para solucionar o problema da lentidão nas pontes fronteiriças da Argentina.
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Em sua exposição no Senado, feita na presença de Francos, Goerling citou, especificamente, a Ponte Tancredo Neves, na fronteira com Foz do Iguaçu.
De acordo com o senador, a Argentina tem acordos, tratados e ferramentas legais para dispensar o registro migratório de quem circula apenas no raio de 50 quilômetros da fronteira e permanece menos de 24 horas no país.
Assim, Goerling recordou que, em novembro do ano passado, o chefe de gabinete concordou com a montagem de uma mesa de trabalho sobre o tema. “Lamentavelmente, nada foi feito”, queixou-se o senador, em declarações reproduzidas pela Radio Yguazú.
“Em 2023, os locais com maior fluxo de entrada na Argentina foram Posadas e Puerto Iguazú, com mais de 11 milhões de pessoas. Isso diz muito sobre a importância da nossa fronteira”, enfatizou.
“Temos urgência em resolver esse problema [da demora para a travessia], que não tem origem nem no Brasil, nem no Paraguai. O problema é da Argentina, pelas barreiras internas que nós mesmos impusemos”, afirmou Goerling.
No final de maio, pela primeira vez, o governo argentino admitiu a possibilidade de tirar os controles migratórios da cabeceira da Ponte Tancredo Neves. Para conferir o que disse, na ocasião, a ministra Patricia Bullrich, clique aqui.
Flexibilização do registro migratório na Argentina
Conforme o senador, a Argentina deveria passar a cobrar o registro migratório somente de quem for viajar a mais de 50 quilômetros ou ficar mais de 24 horas no país.
“Isso facilitaria enormemente a entrada de turistas que vêm para consumir e dinamizar nossa economia. Atualmente, temos um sistema restritivo, que prejudica a entrada de visitantes, mesmo o turismo tendo papel-chave no nosso desenvolvimento”, afirmou.
“Temos todas as ferramentas legais, tratados e acordos. Só falta vontade política para implementá-las. O governo tem, portanto, uma oportunidade histórica. Se resolver essa questão, será lembrado por responder a um pedido que fazemos há décadas”, concluiu o senador.