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O que muda no Aeroporto de Foz do Iguaçu com a venda da Motiva (ex-CCR)?

Concessionária que administra o terminal iguaçuense anunciou a venda de todas as suas operações aeroportuárias no Brasil.

3 min de leitura
O que muda no Aeroporto de Foz do Iguaçu com a venda da Motiva (ex-CCR)?
Motiva assumiu a administração do aeroporto de Foz do Iguaçu em 2022, como CCR Aeroportos. Foto: Marcos Labanca/H2FOZ

Responsável pela administração do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, a concessionária Motiva (ex-CCR Aeroportos) comunicou, nesta quarta-feira (19), a venda de todas as suas operações aeroportuárias no Brasil.

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De acordo com a Motiva, os aeroportos administrados pela empresa no Brasil passarão para as mãos do mexicano Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR). A gestão ocorrerá por meio da subsidiária Aeropuerto de Cancún S.A.

Em nota, a concessionária afirma que “não há nenhum impacto operacional nos aeroportos, que continuam funcionando normalmente”. Atualmente, além de Foz do Iguaçu, outros 19 terminais estão sob a tutela da companhia.

“A Motiva seguirá à frente da administração do terminal pelos próximos meses, até que a transação seja formalmente concluída, mantendo o atual quadro de colaboradores, assegurando o cumprimento dos contratos vigentes e com o compromisso de oferecer a melhor experiência aos passageiros”, diz a empresa.

A transação, no valor de R$ 11,5 bilhões, envolve R$ 5 bilhões pelas participações acionárias e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas. A conclusão do processo está prevista para 2026, pois precisa da aprovação pelo poder concedente e pelos órgãos de concorrência.

Conforme a Motiva, a empresa tinha intenção de vender seus negócios aeroportuários e já estava à procura de um comprador. No Paraná, a concessionária administra os terminais de Foz do Iguaçu, Londrina e Curitiba (Afonso Pena e Bacacheri).

Impacto para Foz do Iguaçu

Em artigo de opinião difundido em diversos portais, o ex-secretário de Turismo de Foz do Iguaçu Gilmar Piolla analisou o anúncio da venda das operações da Motiva.

Na opinião de Piolla, houve um erro na modelagem do pacote de concessões, que incluiu, em um mesmo lote, os aeroportos de Foz do Iguaçu e de Curitiba.

“A decisão de colocar Foz e Curitiba no mesmo lote de concessões, ainda no governo Bolsonaro, foi o erro de origem. Misturaram interesses distintos, realidades paralelas e ambições incompatíveis”, avaliou.

Sobre a venda da Motiva para a mexicana ASUR, o ex-secretário disse crer que a experiência do novo grupo com hubs turísticos pode beneficiar a Terra das Cataratas.

“É a operadora de Cancún, Mérida e Cozumel, aeroportos que entendem o valor de destinos globais e sabem trabalhar fluxo, conectividade e vocação regional”, indicou. “Há, portanto, uma oportunidade real de recolocar Foz na rota.”

Piolla citou, entretanto, duas condições básicas:
1. Autonomia para planejar Foz como Foz, e não como anexo de Curitiba.
2. Interlocução direta com os novos controladores para reabrir a discussão do hub, do posicionamento internacional e da reconexão com o mercado externo.

Para saber mais sobre a venda da Motiva para a ASUR, clique aqui.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.