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Fechada há um mês, passarela argentina das Cataratas não tem data de reabertura

Acesso à Garganta do Diabo pela margem argentina foi interditado no dia 11 de outubro, devido à cheia do Rio Iguaçu.

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Fechada há um mês, passarela argentina das Cataratas não tem data de reabertura
Cheia de outubro de 2022 afetou a passarela e o mirante da Garganta do Diabo no lado argentino. Imagem: Gentileza/Helisul

Sem previsão de data para reabertura ao público. Esse é o panorama da passarela argentina que dá acesso ao mirante da Garganta do Diabo, nas Cataratas do Iguaçu. A trilha, que tem 1.100 metros de extensão, teve 51 dos seus 99 trechos arrastados pela cheia do mês de outubro, que registrou vazão 11 vezes acima do normal.

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De acordo com o jornal El Territorio, o início do trabalho de avaliação dos danos e reparação da estrutura foi prejudicado pela instabilidade do fluxo do Rio Iguaçu, que demorou a baixar ao patamar atual de 2,5 mil metros cúbicos por segundo (m³/s), considerado seguro para os deslocamentos de barco até a borda do paredão.

Passarela argentina da Garganta do Diabo tem 1.100 metros de extensão. Imagem: Gentileza/Helisul (15 de outubro de 2022)

As visitas panorâmicas ao lado argentino das Cataratas continuam acontecendo, mas restritas ao Circuito Superior e partes do Circuito Inferior (o trecho próximo ao mirante do Salto Bossetti está interditado para estudos geológicos). No lado brasileiro, menos exposto aos efeitos da cheia, todos os mirantes e trilhas funcionam normalmente.

O fechamento da passarela argentina ocorreu no dia 11 de outubro, como medida preventiva, decidida após a análise de que o Rio Iguaçu subiria em razão das chuvas no Sudoeste do Paraná e da liberação de excedentes nas hidrelétricas localizadas águas acima do Parque Nacional do Iguaçu.

Passarela argentina da Garganta do Diabo em período de vazão normal, conforme registro do serviço Google Street View

O pico da inundação foi no dia 13 de outubro, com 16,5 mil m³/s, 11 vezes acima do volume padrão de 1,5 mil m³/s. A vazão foi a segunda maior registrada desde o início das medições, em 1997, perdendo apenas para a cheia de 9 de julho de 2014, quando o Rio Iguaçu chegou a 46,7 mil m³/s, mais de 30 vezes acima do normal.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2021. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.