O governo federal da Argentina anunciou, nesta semana, a flexibilização das regras de importação de eletrodomésticos novos da chamada linha branca, para uso pessoal.
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Com o fim das atuais restrições, os cidadãos do país, maiores de 16 anos, poderão importar itens como geladeiras, fogões e máquinas de lavar. Ao retornar do exterior, o viajante argentino estará autorizado a registrar um eletrodoméstico por ano-calendário.
“Os argentinos, quando viajam, podem trazer vários itens. Entre os proibidos, porém, estavam os eletrodomésticos de linha branca”, explicou Federico Sturzenegger, ministro de Desregulamentação e Transformação. “Estamos acabando com essa anomalia.”
O benefício valerá também para a compra de eletrodomésticos produzidos nas zonas francas da província argentina da Terra do Fogo, no Sul do país.
A operação, contudo, não estará livre de impostos. Para poder importar uma geladeira, o cidadão residente na Argentina deverá preencher um formulário (OM2153-A) da Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA) e pagar as tarifas correspondentes.
Mesmo assim, produtos adquiridos diretamente nos países vizinhos, como Chile, Brasil ou Paraguai, poderão ter preços mais baixos que os praticados na Argentina.
Fronteira entre Brasil e Argentina
Tal situação poderá beneficiar o comércio de cidades fronteiriças, como Foz do Iguaçu. Uma vez por ano, moradores de Puerto Iguazú terão direito, por exemplo, a comprar eletrodomésticos da linha branca em Foz e levá-los legalmente para a Argentina.
Por outro lado, a autorização gera dúvidas entre lojistas do setor na província fronteiriça de Misiones, que temem concorrência desleal.
Empresários ouvidos pelo portal Misiones Online ressaltaram que as lojas locais oferecem vantagens como parcelamentos facilitados. Além disso, expuseram dúvidas quanto ao custo final dos produtos após o pagamento dos impostos e eventuais custos de frete.