Entre avenidas e praças, cerca de 200 pessoas vivem nas ruas de Foz do Iguaçu

Uso de drogas e conflito familiar são os principais fatores que levam o ser humano para as ruas.

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Muitos deles não têm moradia, família e rumo na vida. Circulam por becos e ruelas e vivem na dependência de uma ajuda, ora sim, ora não, nos semáforos. Quando conseguem, improvisam abrigos precários em imóveis, construções abandonadas ou calçadas para se proteger do mundo. São eles moradores de rua.

Hoje uma média de 160 a 200 pessoas circulam pelas vias públicas da cidade, conforme levantamento da Secretaria de Assistência Social de Foz do Iguaçu. O telefone do serviço da prefeitura para atendimento da população de rua é: 0800 045 1407.

Foto: Marcos Labanca

Inúmeros motivos levam as pessoas a viver na rua, incluindo o rompimento ou conflito com o grupo familiar, abuso de álcool, drogas, desemprego ou o simples desejo de vivenciar o prazer da liberdade. Nos semáforos é possível notar a presença de alguns deles – boa parte pedindo esmolas.

Foto: Marcos Labanca

Para agravar a situação, no centro comercial de Foz do Iguaçu, algumas lojas usam barreiras e grades para evitar a proximidade dos moradores de rua com as vitrines. O repórter fotográfico do H2FOZ, Marcos Labanca, registrou imagens evidenciando a prática.

O número de moradores de rua não teria aumentado com a pandemia, até porque o trânsito entre as cidades ficou limitado, segundo a prefeitura. O que se vê atualmente é o retorno de pedintes às vias urbanas, inclusive mulheres paraguaias com crianças que deixaram de cruzar a fronteira no período em que a Ponte da Amizade ficou fechada.

Casas de apoio
Para atender a população que transita nas ruas, o município tem um serviço de abordagem social que funciona 24 horas. Essas pessoas são encaminhadas para um centro de atenção. Caso aceitem, elas são acolhidas em uma das três casas destinadas à população de rua; uma delas com vagas prioritárias para migrantes e refugiados.

A política de acolhimento é por adesão, diz o secretário de Ação Social, Elias de Souza: “Nós não obrigamos ninguém e não podemos obrigar ninguém a ir para esses serviços e aceitar nossos serviços”. Quando o morador de rua aceita o acolhimento, afirma Elias, é possível abrir um diálogo e encaminhá-lo, conforme a necessidade, para buscar trabalho, fazer documentação ou retornar à cidade de origem ou para perto da família.

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