Foz cria comitê para monitorar ações para pessoas em situação de rua

O CIAMP Rua foi oficializado durante fórum trinacional que debateu políticas públicas para a população em situação de rua.


Foz do Iguaçu passa a contar com o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua (CIAMP Rua), que alia instituições governamentais e sociedade civil. O instrumento foi oficializado durante o Fórum da População em Situação de Rua da Tríplice Fronteira, no último dia 19.

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O CIAMP Rua irá monitorar e avaliar as políticas públicas, a fim de ampliar e melhorar o atendimento e a reintegração de pessoas em situação de rua à plena convivência social. Ao longo do fórum, que teve como tema “Vozes da Rua na Fronteira”, também foi apresentado um mapeamento dos serviços para a população de rua na região e a definição de uma abordagem intersetorial.

Durante a preparação do evento, em participação no programa Marco Zero, do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9, a sanitarista María Machado e o representante municipal do Movimento da População de Rua e de Humildes, Paulo Cordeiro, anteciparam os debates (veja aqui). María lembrou que em Foz do Iguaçu são 856 pessoas em situação de rua, número subestimado. Paulo concordou, afirmando que podem ser 2.500 pessoas nessa condição.

População em situação de rua

Conforme a prefeitura, cerca de 300 pessoas participaram do Fórum da População em Situação de Rua da Tríplice Fronteira e puderam discutir políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos, inclusão social e complexidade regional. O evento buscou dar voz a quem vive essa realidade nas ruas de Foz do Iguaçu e de cidades fronteiriças.

A prefeitura apresentou as estruturas permanentes que mantém, as quais, segundo operadores dos direitos, não acompanharam o aumento da população em situação de rua. São três casas de passagem com 140 vagas para acolhimento; um Centro Pop, que atende 80 pessoas por dia com oferta de refeições, higiene pessoal e oficinas para aqueles que frequentam o local; e o Consultório na Rua, que leva atendimento de saúde.

“Nossas equipes da Abordagem Social estão nas ruas 24 horas por dia ofertando atendimentos a essas pessoas, no entanto o serviço não é compulsório”, explicou o secretário de Assistência Social, André dos Santos.

Fórum em Foz do Iguaçu

O Fórum da População em Situação de Rua da Tríplice Fronteira é resultado do trabalho de uma comissão organizadora com o apoio de universidades, instituições públicas e do Movimento Nacional da População de Rua, entre outros.

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