Foz do Iguaçu ganha movimento por zero morte no trânsito com fórum neste sábado

Visão é a de que todo óbito em sinistros poderia ser evitado; encontro é aberto à comunidade, lideranças e agentes públicos; assista à entrevista.

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No trânsito de Foz do Iguaçu, o chamado “novo normal” são os números de sinistros retomando a proporção do período anterior à pandemia. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1.394 ocorrências, conforme o Corpo de Bombeiros, que além de danos físicos e materiais causaram oito mortes.

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Com o objetivo de reduzir esses índices e promover a paz no trânsito, a comunidade realiza o 1.º Fórum Movimento Zero Mortes no Trânsito, neste sábado, 18, às 9h, no CMEI Guilherme Augusto Terres dos Santos, no Morumbi. O encontro é aberto para todos os interessados.

À frente da iniciativa, o empresário Gilberto Ivan dos Santos defende que toda morte em acidentes nas vias de Foz do Iguaçu poderia ser evitada. Ele falou sobre os objetivos do fórum e das ações permanentes no programa Marco Zero, produção do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9.

Assista à entrevista:


A mobilização é organizada pelo projeto Cidade Unida Salvando Vidas – realizado desde 2011 – juntamente com outros parceiros. O fórum espera receber agentes públicos, lideranças comunitárias, empresários, comerciantes, profissionais liberais e toda a comunidade.

“O conceito zero mortes no trânsito nasceu na Suécia, em 1997, e desde então esse país tem sido referência porque conseguiu reduzir os óbitos”, disse. “Lá, são três mortes para cada cem mil habitantes. Trazendo para a realidade brasileira, esse indicador chega a 20”, comparou Gilberto.

“Não estamos inventando a roda. Essa visão de zero morte é aplicada em várias cidades, em muitos países”, enfatizou. Ele citou exemplos em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e em Curitiba, explicando que o movimento une sociedade civil e poder público em diferentes frentes.

Uma das propostas do movimento, que será exposta no fórum deste sábado, é iniciar a elaboração da lei municipal “zero mortes no trânsito”, ouvindo a sociedade e seus múltiplos atores, sublinhou. “Será uma lei ‘guarda-chuva’, reunindo várias frentes de atuação”, antecipou, no Marco Zero.

Além de demandas estruturais e de fiscalização, Gilberto Ivan dos Santos enfatizou que o “Movimento Zero Mortes no Trânsito” enfocará também a prevenção e a educação no trânsito. “Podemos pensar em um fundo para a educação. Outra questão é a ausência, hoje, de uma diretoria vinculada à autarquia de trânsito para essa finalidade”, analisou.

Programação

O primeiro fórum do “Movimento Zero Mortes no Trânsito” contará com a exposição dos objetivos e forma de funcionamento, criação de grupos de trabalho e apresentação dos integrantes do Programa Vida no Trânsito (PVT) em Foz do Iguaçu. E marcará o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito.

Memória

Em 27 de maio de 2010, Guilherme Augusto Terres dos Santos, de 6 anos, estava a caminho da sua escola, a Emílio de Menezes, no Morumbi, quando foi atingido por um ônibus e faleceu. A dor da perda, que abalou toda a comunidade, levou os seus pais, Gilberto Ivan dos Santos e Lucilene Terres Oliveira, a criar o Cidade Unida Salvando Vidas, no ano seguinte.

Desde então, essa iniciativa dialoga como poder público e propõe ações de prevenção e educação. Para ampliar os resultados, o projeto é agora o proponente do “Movimento Zero Mortes no Trânsito”, atuando com a comunidade e poder público pela paz nas vias e avenidas iguaçuenses.

1.º Fórum Movimento Zero Mortes no Trânsito
Data: 18 novembro (sábado), às 9h
Endereço: CMEI Guilherme Augusto Terres dos Santos, no Morumbi (nos fundos da Escola Municipal Emílio de Menezes)
Aberto a todos os interessados


Arte: Divulgação
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