Itaipu emite nota de explicação sobre a venda das casas da Vila A

Atuais moradores terão prioridade de compra, mas questionam os valores propostos pela binacional nas negociações iniciais.

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Moradores da Vila A irão participar, na manhã deste sábado (11), de uma reunião na quadra esportiva do Xororó, a partir das 9h, para discutir o modelo proposto por Itaipu para a venda das casas que ainda pertencem à binacional em Foz do Iguaçu.

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Segundo a diretoria brasileira, os atuais residentes terão prioridade para a aquisição das residências. O plano-piloto envolve a comercialização de 21 imóveis cedidos por Itaipu (com o pagamento de um “aluguel” mensal) a servidores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Em contato com o H2FOZ, moradores questionaram pontos como os valores das propostas, que levariam em conta critérios comerciais e inviabilizariam a compra dos imóveis com metragem maior do terreno ou localizados em avenidas mais valorizadas.

Os residentes afirmam, ainda, que tiveram de investir em benfeitorias ao longo dos anos, uma vez que as casas datam da década de 1970 e precisaram de adaptações para a manutenção da funcionalidade.

Na nota de explicação, reproduzida abaixo, Itaipu afirma seguir a legislação e ter adotado o valor mínimo apontado pelos peritos imobiliários. “É fundamental deixar claro que, se não seguir as regras legais, Itaipu está sujeita a ser responsabilizada”, diz o texto.

Nota de explicação sobre venda das casas da Vila A

A Itaipu Binacional está aberta a explicar esse processo, que é o mais transparente possível.

É importante que todos saibam que não é a Itaipu que avalia os imóveis para a venda. Bem como o objetivo da operação não é o lucro, mas investimento social. Porém, sendo as casas um bem público, só pode haver venda se houver avaliação por terceiro credenciando, seguindo a NBR 14653-2: Imóveis urbanos.

A empresa não controla a valorização ou desvalorização das casas. E nem pode pressionar perito a avaliar acima ou abaixo do valor de mercado. Atendendo os pedidos das entidades que administram os imóveis (Unioeste, por exemplo), a Itaipu foi até onde a lei permitiu. Ou seja, entre valores máximo, médio e mínimo das avaliações feitas pelos profissionais, a Itaipu está aplicando o mínimo, sobre o qual há ainda uma redução por liquidação forçada; para quem não tem outro imóvel em Foz (pois o objeto do programa é garantir a moradia), há ainda mais um desconto de 25% sobre esse “super mínimo”.

E não bastasse, a avaliação parte da planta original, considerando a casa originária, ou seja, basicamente o terreno, sem benfeitorias, reformas etc., em benefício aos moradores.

A Itaipu fez tudo que estava ao seu alcance legal para dar as melhores condições possíveis, incluindo composição de renda entre familiares para possibilitar melhores financiamentos.

E mais uma coisa: a decisão da administração anterior era de levar a leilão todas as casas, incluindo as ocupadas. Foi a atual gestão da Itaipu, alinhada com o Governo Federal, que por consideração e respeito optou pela oferta direta aos moradores. Em leilão o valor das casas poderia ser ainda maior.

É fundamental deixar claro que, se não seguir as regras legais, Itaipu está sujeita a ser responsabilizada.

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3 Comentários
  1. Mirtha Baez Diz

    Casas cedidas com aluguel abaixo do mercado , para um seleto grupo , que óbvio teriam que fazer manutenção ou queriam que a Itaipu fizesse ? Morando em um bairro privilegiado se comparado a outros. Querem morar em área nobre, pague o valor justo de uma casa que foi construída com nossos impostos.

  2. Ale Diz

    É uma situação complicada, mas quem mora nas casas cedidas deveria imaginar que essas não lhes pertenciam e, em algum momento no futuro, Itaipu poderia vendê-las. Há mais de 20 anos a usina iniciou a venda desses imóveis e quem pudesse fazer uma reserva financeira deveria ter feito, se preparando para o momento que enfim chegou – ao menos, dinheiro para uma entrada teria.

  3. João Vianei Nunes Diz

    O objeto de discussão é o valor e a forma de financiamento, preço alto e financiamento inviável, pois a maioria dos moradores com a titularidade do imóvel tem idade média de 70 anos.

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