Moradores terão preferência para comprar casas das vilas A e B

Servidores que ocupam imóveis cedidos por Itaipu à Unioeste foram selecionados para o plano-piloto de negociação.

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Moradores de 21 casas cedidas, em regime oneroso, por Itaipu à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) participaram, nessa terça-feira (23), de uma reunião com representantes da binacional, para decidir sobre o futuro dos imóveis.

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As residências, localizadas nas vilas A e B, Região Norte de Foz do Iguaçu, fazem parte das 923 casas que a diretoria brasileira de Itaipu pretende vender até o final de 2026.

Uma das definições sobre a forma de comercialização dos 21 imóveis cedidos à Unioeste é que os atuais moradores terão preferência para a compra. Nesse sentido, os ocupantes foram orientados a preencher um formulário de manifestação de interesse.

“Na sequência, faremos a oferta para outras instituições cujos empregados/servidores também ocupam casas da Itaipu. Vale destacar que, dentro do que a lei brasileira nos permite, as condições de oferta das casas são as melhores possíveis”, afirmou o diretor-administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha, citado pela assessoria.

Segundo Itaipu, tal como nos leilões promovidos em 2023 e 2024, o dinheiro arrecadado com a venda será destinado à construção de moradias populares em Foz do Iguaçu.

Outra informação revelada pela binacional é que o processo ocorrerá por etapas, ou seja, não haverá ofertas de todos os imóveis de uma única vez. “No devido tempo, todos os moradores receberão uma comunicação a respeito da oferta”, informa a diretoria brasileira, em material distribuído à imprensa.

As casas das vilas A e B foram construídas nas décadas de 1970 e 1980, para abrigar os trabalhadores que chegavam à cidade para a construção da usina. Na avaliação de Itaipu, os imóveis já cumpriram sua finalidade e terão melhor uso se vendidos a particulares.

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8 Comentários
  1. Sidnei Diz

    Sim,vai vender oque já foi pago a décadas e aindá tem a cara de pau de dizer que farão a melhor oferta possível

  2. Claudete Abreu Diz

    Essa notícia não é toda a verdade. A proposta da Itaipu não é o que os permissionários da Unioeste esperavam. Alguém precisa publicar o contraditório

  3. Danielle Diz

    Pena que não expuseram aqui as condições dessa “negociação” .

  4. Joao C Silva Diz

    A redação @Guilherme Wojciechowski deveria buscar o outro lado da hostória que são os 923 moradores das casas da Vila A que há muitos anos moram como permissionários. A Itaipu não está olhando o lado social destes moradores, pois querem vender as casas com recursos arrecadados irão construir casas populares (cunho social) vádido é claro, mas e as famílias que não terão como adquirir as suas moradias em virtude dos valores avalidos muito aquém do esperado. Vão ceder casas aos permissionários que terão que deixar suas casas? Porque serão vários por N motivos, idade, renda e comprometimento de margem salarial, entre outros.

  5. João Sodré Diz

    Essas propostas apresentadas por Itaipu contradiz o perfil desse governo que se diz defensor das causas sociais. O preço do metro quadrado está acima dos praticados em condomínios fechados, sendo que a Vila A atualmente é um Vila comum com muitos problemas existentes em demais bairros de nossa cidade. Estão tratando os valores como se fosse alto padrão, sendo que muitos dos moradores deram manutenção e cuidados necessários nas edificações há mais de 20 anos e pagando taxa de ocupação em valores elevadíssimos. Se os valores arrecadados são para construção de moradias populares, porquê não praticar valores condizentes com a realidade?

  6. João Sodré Diz

    A pergunta que não quer se calar!
    Onde está a questão social nessas propostas de vendas?
    Sendo o metro quadrado equiparado a condomínios fechados em nossa cidade.
    É preciso rever essas propostas e usar a responsabilidade social de Itaipu como fator principal nas negociações. Se estes moradores não estivessem oferecendo manutenção e cuidados nessas moradias já estariam todas destruídas. E não moram de graça, é pago mensalmente a taxa de ocupação para Itaipu. É necessário ver o lado social também para aqueles que não tem moradia.

  7. Rosely Sobral Diz

    Nem foi para decidir nada. Já estavam com o formulário com os valores pronto para nos entregar. Não houve discussão e muito menos acordo. Casas de 600 mil reais para permissionários que viveram a vida toda fazendo reformas e deixando as casas habitáveis. Sem contar a maioria já com idade avançada que não consegue linhas de crédito ou quando conseguem são com parcelas de alto valor. Todos funcionários públicos que não tem FGTS para compor e estavam na esperança de linhas de financiamento em parceria com FozHabita ou outra instituição. Uma injustiça para quem não pode comprar nessas condições que foram impostas.

  8. Robson Luís Morais de Oliveira Diz

    Caros representantes da Itaipu Binacional,
    Venho por meio deste comunicado expressar minha profunda preocupação em relação à recente decisão de venda das casas cedidas aos permissionários.
    Apesar dos “descontos” concedidos, os valores propostos estão muito além da nossa realidade, tornando-se inacessíveis para muitos de nós.

    Quando recebemos essas moradias, muitas delas estavam em estado precário, algumas até mesmo abandonadas. Investimos recursos significativos em melhorias, transformando esses espaços em lares dignos para nossas famílias.
    Agora, diante dessa venda iminente, surge a angustiante questão: todos os nossos investimentos serão perdidos?

    Gostaria de direcionar uma pergunta crucial à Itaipu Binacional: caso as casas sejam vendidas com o intuito de financiar habitações populares, será que vocês têm planos de cadastrar os moradores atuais, os permissionários que hoje residem nessas casas e que, infelizmente, não terão condições de adquiri-las?
    Muitos de nós não dispomos de recursos financeiros suficientes ou enfrentamos dificuldades creditícias que nos impedem de efetuar a compra.
    Nesse cenário, seria justo garantir o acesso a moradias populares para aqueles que atualmente ocupam esses espaços.

    Além disso, gostaria de esclarecimentos sobre o prazo estabelecido para desocupação das residências.
    Em caso de não aquisição, quantos dias teremos para deixar as casas?
    Seremos confrontados com a perspectiva de despejo em um curto prazo de 30 dias?
    Imaginem a aflição de famílias inteiras, compostas por pais e filhos, enfrentando a ameaça iminente de se verem sem um lar.

    Apelo à sensibilidade e à responsabilidade social da Itaipu Binacional para que considerem essas questões com a devida atenção e empatia.
    Nossas vidas e o bem-estar de nossas famílias estão em jogo.
    Grato pela atenção,

    Robson Luís Morais de Oliveira
    Permissionário das Casas da Itaipu Binacional

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