A Madonna e a Dona de Casa

Envelhecer deveria ser uma comemoração. Mas o que temos é uma cobrança em torno de padrões que fogem ao controle das celebridades assim como às mulheres anônimas.

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Por AIDA FRANCO LIMA | OPINIÃO

Mais uma vez, a Madonna (64) causou. Como sempre fez desde sua primeira aparição, desde o início dos anos 1980. Mas agora foi porque uma parte da sociedade não aceita a imagem que as marcas do tempo deixam e que a medicina não resolve. E a mídia e as redes sociais julgam sem dó.

O estranhamento do corpo do outro, daquele estereótipo de que as estrelas precisam manter-se sempre em estado de perfeição, é desde sempre. Conseguem imaginar Marilyn Monroe “velha”? Fica apenas a imagem de um símbolo sexual no seu auge. Seus demônios internos não ganham campo.

As celebridades, ao morrerem jovens, permanecem assim no imaginário coletivo. E quando essas crescem e envelhecem aos olhos