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Editorial

Economia Criativa patina e é o segmento com mais dificuldades de retomada econômica

Pesquisa periódica do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas sobre o impacto da pandemia nos pequenos negócios no país, que acaba de sair, revela que as micro e pequenas empresas da Economia Criativa são as ...

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Economia Criativa patina e é o segmento com mais dificuldades de retomada econômica
A economia criativa transforma um start, uma abstração ou uma proposta de solução em produtos comercializáveis - Foto: Cup of Couple/Pexels.com
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Pesquisa periódica do Sebrae e da Fundação Getúlio Vargas sobre o impacto da pandemia nos pequenos negócios no país, que acaba de sair, revela que as micro e pequenas empresas da Economia Criativa são as que têm tido mais dificuldade para retomar suas atividades. Esse segmento é o que apresenta a maior média de queda de faturamento, que é de -64%.

O estudo mostra que quase todas as atividades estão se recuperando. Já a economia criativa apresentou uma reação ínfima de apenas 4% em relação à mesma pesquisa feita no último mês de maio. Esse setor abrange um campo vasto, como música, cinema, brinquedos e jogos, design, artes performáticas, artesanato, jogos eletrônicos, moda, arte, pesquisa e desenvolvimento, publicação, software, televisão e rádio.

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Incentivar a economia criativa é fundamental nesse momento em que se busca superar o rastro de prejuízos sociais e econômicos deixado pela pandemia. Primeiro porque é um setor muito presente entre os pequenos empreendedores. Em segundo lugar, trata-se de negócios que estão ligados à vivência das pessoas, transitando das ideias ao prático.

A economia criativa transforma um start, uma abstração ou uma proposta de solução em produtos comercializáveis, ou seja, é a criatividade que constrói valor econômico. E onde há povo, há criatividade. Em Foz do Iguaçu há um universo da economia criativa a ser desenvolvido, o que requer políticas públicas para essa expansão.

É possível estreitar as atividades da economia criativa com o turismo, segmento que já experimenta uma retomada maior no município, projetando maior espaço para o artesanato, as artes manuais e a música iguaçuenses no meio, por exemplo. Ou incentivar soluções tecnológicas e mídias criativas locais para o segmento turístico, notadamente para a hotelaria, gastronomia e atrativos turísticos.

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Na área de arte, cultura e patrimônio o leque de possibilidades para economia criativa em Foz do Iguaçu abre-se ainda mais. Com planejamento, eventos podem espaços privilegiados: a feira do livro pode canalizar publicações e produtos editoriais dos criativos iguaçuenses; o carnaval tem tudo para absorver trabalhos dessa indústria que vai do design à moda, passando pelas artes. Com as feiras livres, o potencial é igualmente enorme. Isso para ficar em três exemplificações.

Incentivar a economia criativa em Foz do Iguaçu, estimulando produtos e serviços econômicos que geram renda, também pode contribuir para fomentar a identidade da gente iguaçuense. Mostrar e evidenciar a criatividade ajuda a contar sobre quem somos nós, moradores desse ambiente geográfico e humano diverso e plural.

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