Estagnação da população e receita do ICMS: para onde caminha Foz do Iguaçu?

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A estimativa populacional que acaba de ser divulgada pelo IBGE confirmou a tendência de estagnação da população iguaçuense, ou seja, não está ocorrendo crescimento no número de habitantes.

No último censo, em 2010, eram 256 mil iguaçuenses; neste ano, Foz do Iguaçu tem 257 mil habitantes, estando em sétimo lugar entre as cidades mais populosas do Paraná.

Nos últimos cinco anos, a partir de 2017, a cidade vem registrando leves – mas consecutivas – diminuições no número de moradores, conforme o IBGE.

Foz do Iguaçu bateu a marca de 300 mil moradores em meados de 2005. E, há duas décadas, o município iguaçuense superava Cascavel em população.

Desde então, a cidade vizinha galopou demograficamente, com crescimento acima de 30%, e hoje é a quinta em número de habitantes, à frente de Foz.

A população de uma cidade não apenas define a partilha de determinados recursos como também está associada ao desenvolvimento e às perspectivas e oportunidades de um município. Em plano futuro, a estagnação acende outro alerta, considerando a mudança no perfil demográfico prevista para as próximas décadas, com o aumento da população idosa.

Acrescentemos à estagnação populacional de Foz do Iguaçu outro elemento: enquanto não cresceu em número de habitantes, a cidade caiu da terceira posição no estado em arrecadação de ICMS, em 2001, para a sétima colocação atualmente.

O ICMS, que incide sobre a circulação de mercadorias e serviços, está entre as principais fontes de arrecadação. Há 20 anos, representava para Foz do Iguaçu 38% das receitas, ante 18% de hoje.

Segundo a Agência Municipal de Notícias, 53% desse imposto que a cidade recebe depende da produção de energia da Itaipu Binacional. Assim pode oscilar, pois está condicionado a múltiplos fatores, inclusive à crise hídrica.

O exemplo do ICMS mostra que Foz do Iguaçu deve diversificar a sua economia, incentivar a expansão dos negócios locais e atrair novos investimentos, ampliando a arrecadação a partir de suas próprias bases econômicas.

Diante disso, não basta o “feijão com arroz” em termos de gestão pública. É preciso projeto. É necessário olhar para o futuro.

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