O candidato a prefeito de Foz do Iguaçu Samis da Silva, da coligação Foz Para Todos, participou da sabatina Dois em Um, série de entrevistas do H2FOZ e Rádio Clube FM 100,9. O tempo é de uma hora, das 11h às 12h, destinado a cada um dos sete prefeituráveis nas Eleições 2024.
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Assista à entrevista:
O ex-prefeito respondeu a perguntas sobre propostas de seu plano de governo e detalhou projetos. Ele criticou ações tomadas por Paulo Mac Donald ao sucedê-lo na administração, a partir de 2005, e o general Silva e Luna por ser “de fora”, conforme o candidato do PSDB.
Samis da Silva enumerou o que avalia ser as principais realizações de sua gestão (2000 a 2004). Disse que foi chamado pelo eleitor para concorrer no atual pleito e que conhece e tem contato direto com as camadas mais populares da população. Refutou pesquisas que estão sendo divulgadas: “Muitas delas, o candidato encomenda os números fazendo um PIX”, ironizou.
Como primeiras ações, se eleito, pretende criar uma comissão para apresentar um novo modelo para o transporte coletivo, implantar atendimento até às 23h em dez unidades básicas de saúde e reabrir a fábrica de remédios. “E dar início a um mutirão para zerar a fila de 14 mil pessoas que estão sofrendo à espera de cirurgias eletivas”, declarou.
Nossa chapa é limpa e nossa aliança é com o povo. Vou ser o prefeito que a cidade mais tem acesso. Volto com vontade, determinação e, principalmente, experiência.
O candidato se comprometeu a abrir diálogo com os servidores públicos e valorizar a categoria, e ressaltou que convocará os candidatos aprovados no concurso da Guarda Municipal, além de criar bases de segurança pública nos bairros. “E uma das ações será falar com o governador, envolvendo deputados estudais, para aumentar o efetivo da Polícia Militar para Foz do Iguaçu”, disse.
Para o desenvolvimento, enfatizou a importância da logística, do turismo e da qualificação profissional, e defendeu revisar a legislação que trata da arrecadação para fazer “justiça fiscal”. Projeta enviar à Câmara nova lei de incentivos a fim de atrair empreendedores e negócios. “Uma legislação moderna e arrojada, com ISS na alíquota mínima, isenção de IPTU e oferta de infraestrutura. É estender o ‘tapete vermelho’ para atrair novas empresas e gerar renda”, pontuou Samis da Silva.
Federalização, caminho sem volta
Para ele, a federalização do Hospital Municipal não tem como retroceder, porque em sua opinião a prefeitura não dispõe de recursos para bancar o custo do funcionamento. O candidato entende que não pode haver interrupção do atendimento à população durante o processo e se deve garantir o emprego dos trabalhadores.
O dinheiro que o município irá economizar, em sua análise, será injetado na atenção básica. E condenou o débito do equipamento hospitalar. “A dívida é uma caixa-preta enorme, monstruosa, que vem desde o início do hospital”, apontou.
Ele criticou o que chamou de “hospital de portas abertas”, diferentemente de quando a extinta Santa Casa era para atender o morador de Foz do Iguaçu, com subvenção do município. “O rompante que fizeram para abrir o hospital e pôr uma placa com o próprio nome foi errado, lá atrás, porque primeiro tinha que ter sido garantido o funcionamento da Santa Casa para atender à nossa população”, avaliou.
Prefeitura e Câmara
O prefeiturável mencionou que vai atender vereadores em uma relação republicana e desabonou as trocas de favores. Questionado como fazer a independência entre poderes na prática, já que entre seus apoiadores estão dois vereadores que são exemplos de atuação estreita entre Legislativo e a gestão de Chico Brasileiro (PSD), Samis disse ter advertido todos. “Já foram avisados [candidatos a vereador] ao vir para o PSDB e ao MDB da necessidade de moralização da Câmara perante a sociedade.”
“Assumi a prefeitura falida”
No Dois em Um, Samis da Silva afirmou que assumiu a prefeitura falida em 2000, herdando de seu antecessor, Harry Daijó, o município endividado, sem recursos para pagar servidores e fornecedores, bem como serviços públicos cortados. Declarou que saneou o caixa e recuperou a capacidade administrativa e operacional.
“Aos 33 anos, assumi uma prefeitura quebrada, falida, e a coloquei nos eixos, deixei dinheiro em caixa quando saí, as contas todas em dia e a cidade cuidada”, elencou. “Nossa chapa é limpa e nossa aliança é com o povo. Vou ser o prefeito que a cidade mais tem acesso. Volto com vontade, determinação e, principalmente, experiência”, concluiu Samis.
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