Argentina define valor do pedágio na hidrovia do Rio Paraná

Cobrança por tonelada é referente ao trecho totalmente argentino da via, também usada por Brasil, Paraguai e Bolívia.

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Cobrança por tonelada é referente ao trecho totalmente argentino da via, também usada por Brasil, Paraguai e Bolívia.

A Administração Geral de Portos (AGP), da Argentina, definiu, nessa quinta-feira (29), o valor do pedágio que será cobrado das embarcações que trafegam pelo trecho totalmente argentino da hidrovia do Rio Paraná, compreendido entre a foz do Rio Paraguai, na província de Corrientes, e o acesso ao porto de Santa Fe.

De acordo com a AGP, a taxa de uso da Via Navegável Troncal (VNT) será de US$ 1,47 (R$ 7,96) por tonelada de registro bruto. Pelo trecho em questão, circulam em média 20 mil embarcações por ano. A instituição afirma que o dinheiro será revertido para obras de melhoria na navegabilidade e na infraestrutura portuária.

Os detalhes da cobrança serão oficializados na Resolução n.º 652/2022, ainda não publicada no Boletim Oficial (Diário Oficial) do governo federal argentino, que voltou a administrar a hidrovia em julho de 2021, após 26 anos de concessão à iniciativa privada.

“O novo quadro tarifário permitirá executar as tarefas para um eficiente sistema de sinalização e de dragagem”, descreve a AGP, em nota no portal do governo argentino. “Essa iniciativa permite estabelecer um mecanismo de reinvestimento no traçado pelo qual circulam 20 mil barcos por ano, com cargas regionais e internacionais.”

“Queremos um sistema de transporte multimodal articulado e autossustentável, que diminua os custos logísticos e os prazos. […] Este trecho em particular requer investimentos para sua modernização tecnológica integral, o que foi adiado ao longo do tempo, limitando o tráfego noturno e a previsibilidade dos calados navegáveis”, argumenta o órgão.

A hidrovia do Rio Paraná responde, atualmente, por cerca de 80% das exportações argentinas, além de percentuais similares das vendas agrícolas do Paraguai. Brasil e Bolívia são parceiros minoritários, mas também utilizam as águas do “Paranazão” e de seus afluentes, como o Rio Paraguai, para o transporte de mercadorias.

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