Cidade paraguaia da fronteira proíbe publicidade em português

Anúncios em mídia física ou nas emissoras locais de rádio terão de ser, obrigatoriamente, nas línguas oficiais do Paraguai.

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Localizada na porção norte do departamento (estado) de Alto Paraná, região do lago de Itaipu, a pequena cidade paraguaia de Mbaracayú publicou uma ordenança municipal que proíbe a utilização do português para publicidade e letreiros nos estabelecimentos do município, que tem grande percentual de população com origem brasileira.

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O objetivo da medida, que dispõe que as únicas línguas permitidas são as oficiais do Paraguai (castelhano e guarani), é preservar a identidade cultural do país e coibir o uso do “portuñol”, que estaria trazendo dificuldades aos professores das escolas locais.

“Todo o processo de ensino fica afetado quando o que se vê, se escuta [nas emissoras de rádio] e se lê está em outro idioma, diferente daquele da aula”, explicou a prefeita de Mbaracayú, Nanci Algarín, em declarações reproduzidas pelo jornal La Nación.

A Resolução n.º 833/2023 determina que “anúncios comerciais, industriais e profissionais no rádio, revistas, jornais, periódicos e televisão, bem como a publicidade em letreiros exteriores, interiores visíveis do exterior e publicidade nos locais de espetáculos públicos no município de Mbaracayú, deverão ser feitos nos idiomas oficiais, castelhano e guarani”.

Em caso de descumprimento, os materiais serão removidos pela fiscalização municipal, que poderá dispor, ainda, a aplicação de penalidades como multas. Em outras cidades do Paraguai, com forte presença de brasileiros e outros estrangeiros, também existem disposições similares, com o argumento de preservação da cultura do país.

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15 Comentários
  1. Luciano Insaurralde Escobar Diz

    Mis felicitaciones a la señora intendente de MBARACAYU por su ejemplo de patriotismo y compromiso en la preservación cultural de su pueblo,tambien es una acción cristiana, Jesús hablaba en hebreo, griego, latin y arameo no para mostrar lo valiente que era, pero si para mostrar el respeto que se debe tener a cada pueblo, entonces el que viene no puede llegar imponiendo su cultura.
    No conozco MBARACAYU ni a su intendente, pero los saludo con gran gusto

  2. Candido Silveira Leite Diz

    Concordo com a medida. Entendo que todos os Países deveriam seguir o exemplo. Mas, penso que todas as Nações deveriam adotar o Esperanto, como segunda lingua oficial.

  3. Mario Diz

    Xenofobia disfarçada. Nem capacidade pra produzir a própria energia tiveram, fomos nós brasileiros que levantamos Itaipu. Sempre foram ajudados por nós e agora querem cuspir no prato.

  4. Dionisio Diz

    O Brasil é talvez seja o país de língua latina que mais se submeteu ao inglês, ex. “kit” (jogo, conjunto), “stress” (fadiga, estafa), “aids” (sida), “deletar” (sic – apagar), etc.
    Deveríamos seguir esses exemplos para não perdermos a nossa identidade linguística. Que por sinal, o português falado no Brasil é tido como o mais de pronúncia mais bonita de todos os países lusófonos.

  5. Dirceu Camargo Diz

    Perda de tempo , em cidades fronteiriças é comum as pessoas falarem os dois idiomas.

  6. Manoel Peres Esteves Diz

    Concordo com a medida.

  7. Marcelo Diz

    Acho que a medida não vai resultar em nada, os jovens hoje em dia consomem principalmente midia digital na internet onde não existem barreiras lingüísticas, cidades de fronteira sempre terão influência dos 2 idiomas, acho importante preservar a cultura porem ha outras formas de fazer isso.

  8. Paulo Costa Diz

    Parabéns a alcaide da cidade paraguaia, o Brasil deveria fazer o mesmo, porque o idioma nacional vem sendo detonado por palavras e siglas em inglês, assim em breve, o português será um dialeto, e o inglês língua oficial. Ocorre que um bando de idiotas, analfabetos e apátridas, acham “chique” usar inserções em inglês na sua fala, no seu comércio sendo que nem o português sabem falar, e muito menos o inglês. Lamentável!!!

  9. Claudeci da Silva Diz

    Os paraguaios têm mágoa dos brasileiros, somos uma grande nação em tudo,

  10. Maura Diz

    O português só ajuda o comércio do Paraguai. Paraguai sem brasileiros pra comprar suas quinquilharias, seria ainda mais pobre do que já
    O Paraguai vive quase exclusivamente do comércio e se há algum desenvolvimento na agricultura aconteceu, foi feito por brasileiros. Quero ver se vão proibir os nomes em inglês que existem no comércio.
    A implicância é só com o Brasil. O Brasil só ajuda. O que seria o Paraguai sem o Brasil?

  11. João Diz

    O Brasil deveria preservar sua identidade e defender sua língua que deveria ser usada em todos os serviços abertos ao público.

  12. Douglas Meira Diz

    Estão certíssimo os paraguaios, há que preservar sim
    Se no Paraguai a língua oficial é o espanhol e o guarani, toda a publicidade deve ser feita nos idiomas oficiais do país.

  13. D. Kito¹fdi Diz

    Eu concordo, cada país deveria sim conservar suas tradições e custumes. Mas como no brasil onde o poste mija no cachorro, e um ex presidiario governa o País, nunca chegara a tomar uma decisao desse porte. A impressao que da e que o Brasil tem medo do tio sam…

  14. Celene Diz

    Ignorância sem precedência!! Quem me dera poder viver em uma cidade com cultura mais evoluída predominando. Tipo morar em uma cidade e meus filhos poderem falar inglês e pensar culturalmente como eles que são mais desenvolvidos. isso só agrega.

  15. Anizeu dutra Diz

    Só está proibindo publicidades, não está proibindo falar o português, eu vejo comentários q está falando q está proibindo falar o português, só está proibindo as publicidades fronteira vc fala o portugues guarani ,castelhano ,espanhol ,árabe…eu moro na fronteira ,és proibido só as publicidades, publicações en português…

Comentários estão fechados.