Empresa pede reajuste na tarifa de ônibus em Puerto Iguazú

Justificativa apresentada pela viação Río Uruguay é a inflação acima de 100% no acumulado dos últimos 12 meses na Argentina.

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Concessionária do serviço de transporte coletivo em Puerto Iguazú, lado argentino da fronteira, a empresa Río Uruguay – TAP El Práctico solicitou ao Conselho Deliberante (órgão equivalente à Câmara Municipal) o reajuste na tarifa, tendo em vista a inflação superior a 100%, acumulada nos últimos 12 meses na Argentina.

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Segundo a empresa, a tarifa técnica (custo real do serviço), que era de P$ 353,55 em outubro do ano passado, subiu para P$ 623,91 no final de junho, gerando defasagem que prejudica a continuidade da prestação do serviço. O pedido de reajuste não inclui os itinerários internacionais para Foz do Iguaçu, Ciudad del Este e Presidente Franco.

Atualmente, os passageiros pagam P$ 80 (cartão eletrônico) e P$ 90 (dinheiro) nos itinerários urbanos. Já a linha Iguazú–Cataratas, que leva até a entrada do Parque Nacional Iguazú, custa P$ 650 para turistas e P$ 200 para moradores de Puerto Iguazú e trabalhadores das empresas situadas ao longo da rota.

Os possíveis novos valores autorizados pelos vereadores, segundo o portal La Voz de Cataratas, seriam de P$ 120 (cartão eletrônico) e P$ 150 (dinheiro) nos trajetos urbanos; P$ 1.300 (turistas) e P$ 300 (moradores e trabalhadores) na linha Iguazú–Cataratas. A diferença em relação à tarifa técnica seria parcialmente custeada com subsídios.

Nota da redação: na manhã desta quinta-feira (6), R$ 1 comprava P$ 83,33 na Iguassu Câmbios, de Foz do Iguaçu. Com tal cotação, os P$ 120 da provável nova tarifa urbana equivalem a R$ 1,45, enquanto os P$ 1.300 da linha Cataratas representam R$ 15,60.

Paralisação

Em paralelo, empregados do transporte coletivo em toda a Argentina, ligados à União dos Trabalhadores do Setor Automotor (UTA), anunciaram, para esta sexta-feira (7), uma nova paralisação nacional com 24 horas de duração, para cobrar avanços nas negociações salariais intermediadas pelo governo.

Na última suspensão dos serviços, em junho, a adesão na província fronteiriça de Misiones foi próxima a 100%, interrompendo os itinerários urbanos e de curta e média distância na capital Posadas e nas principais cidades do interior. Para amanhã, a previsão é de nova adesão em massa ao protesto.

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